É a primeira vez que o chefe da diplomacia britânica reconhece a existência desse acordo de princípio, mencionado pela imprensa há semanas.
Straw acrescentou que ambos países estavam "mais perto do que nunca para pôr fim a quase 300 anos de história tensa". "Um futuro melhor para Gibraltar (...) é muito importante para deixá-lo escapar", precisou.
"A disputa também afeta os britânicos porque tentamos construir uma aliança estratégica com a Espanha em favor de uma União Européia que ambos buscamos", argumentou Straw.
O chanceler destacou os progressos obtidos desde o início das negociações sobre Gibraltar em 2001, principalmente mediante o estabelecimento de princípios básicos sobre os quais poderá repousar "um acordo permanente".
O primeiro destes princípios é que a "Grã-Bretanha e a Espanha devem compartilhar a soberania de Gibraltar", declarou Straw.
Este gesto de Londres em relação a Madri acontece quando as negociações pareciam estancadas há algumas semanas.
Os dois países se deram como prazo até o verão (boreal) para chegar a um acordo, mas, no dia seguinte à reunião de final de junho entre Straw e seu colega espanhol Josep Piqué, este último reconheceu que seria difícil respeitar o prazo.
Espanha e Grã-Bretanha reiniciaram negociações me 2001 para se chegar a um acordo sobre Gibraltar, um território de 6 km² situado no extremo sul da península ibérica.
O território, que permite controlar a entrada ao Mediterrâneo, está sob jurisdição britânica desde o tratado de Utrecht de 1713. A Espanha reclama de então sua devolução, apesar da decidida oposição dos habitantes de Gibraltar, que rejeitam uma soberania compartilhada.
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