“Nós recebemos a herança do seguro-apagão, que não é responsável por esse patamar, mas também contribui. Os próprios leilões de energia feitos no ano passado também terão repercussão este ano. Há na verdade toda uma pressão altista. A concepção do modelo implica em pressão tarifária”, explicou a ministra.
Dilma atribuiu a crise do setor na gestão passada à falta de investimento em geração de energia (atribuída por ela à inexistência de obrigação legal em fazê-lo); ao que classificou de “política de endividamento” (as dívidas das empresas estão atreladas ao dólar); e às perdas com o racionamento de energia, que provocou uma drástica queda no consumo.
No entanto, a ministra ressaltou que a queda na quantidade de energia vendida foi compensada pelo aumento das tarifas, que subiram acima da inflação nos últimos tempos. “Acho que a situação das distribuidoras não é extremamente grave por causa dessa compensação”, disse.
Apesar de admitir o aumento no custo da energia este ano, Dilma afirmou que o novo governo procurará não resolver os problemas das empresas de energia com o reajuste de tarifas, mas sim com concessão de crédito. “Mas nós não faremos isso no primeiro nem no segundo nem no terceiro mês”, ressaltou.
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