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Ecovias testa redução
do comboio na Imigrantes

Via terá descida livre com visibilidade superior a
100 metros, mesmo com neblina na interligação

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
12/12/2013 | 07:00
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André Henriques/DGABC


A partir de segunda-feira, a concessionária Ecovias iniciará testes para redução da Operação Comboio na Rodovia dos Imigrantes. Quando a visibilidade na via for superior a 100 metros, a descida ao Litoral será livre, mesmo que as condições estejam ruins na Interligação Planalto. O objetivo é garantir mais fluidez na viagem para a Baixada Santista. Não haverá mudanças na Via Anchieta.

Atualmente, quando os radares meteorológicos apontam que a visibilidade é de menos de 100 metros, o tráfego é totalmente represado, na altura do km 32. Quando são acumulados cerca de 500 veículos, o grupo é escoltado para seguir viagem com segurança. A concessionária informa que 18% das ocasiões em que a operação foi implantada neste ano a visibilidade estava prejudicada apenas na interligação.

Com o novo sistema, o bloqueio será feito apenas nas duas faixas da direita se a visibilidade for superior a 100 metros na Imigrantes e inferior na interligação. Só será retido quem precisar descer pela Anchieta – caso de ônibus e caminhões, por exemplo. Os condutores serão alertados sobre o modelo vigente no momento da viagem por meio de painéis eletrônicos espalhados ao longo do trecho de Planalto.

O gerente de atendimento ao usuário da Ecovias, Eduardo Di Gregório, explica que serão colocados cones no meio da pista para evitar que os veículos represados tentem invadir o espaço destinado a quem vai descer direto. O objetivo é evitar acidentes. “Vamos deixar equipes no acostamento para atender aos automóveis que desistirem de pegar a interligação.” Viaturas da Polícia Militar Rodoviária darão apoio à operação.

Segundo Di Gregório, as características da Pista Sul da Imigrantes, que possui longo trecho sob túneis, faz com que a neblina não provoque tantos reflexos negativos para o congestionamento, como nas demais vias do SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes).

Os testes serão feitos entre 14h e 22h – horário que concentra 68% dos comboios realizados no SAI. A medida será analisada durante três meses pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo). Passado esse período, o órgão regulador irá decidir se o modelo será ou não mantido e expandido para o dia todo. Caso a agência opte pela manutenção da operação, serão implantadas luzes amarelas piscantes para facilitar a sinalização.

Especialista em Transportes, o professor da FEI (Fundação Educacional Inaciana) Creso Peixoto avalia que a medida é positiva para melhorar a fluidez na rodovia. “A Operação Comboio na Serra, portanto em declive, gera mais impactos, pois os veículos trafegam em velocidade inferior à utilizada em um plano horizontal, como na interligação.” Segundo o engenheiro, não é necessário aplicar a medida em todo o SAI somente porque a neblina atinge o trecho de Planalto.

O professor considera também que a escolha do período para a realização dos testes foi bem-sucedida. “A neblina provoca mais impactos durante o inverno”, comenta. Dessa forma, caso algo dê errado no novo modelo, o usuário da rodovia corre menos riscos de acidentes. Peixoto salienta, entretanto, que é preciso acompanhar todos os índices de ocorrência para medir com precisão o sucesso da mudança. 




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