Política Titulo Custo
Câmara de Diadema é a que mais gasta com celulares

Em 2011, 122 aparelhos consumiram R$ 211 mil dos cofres públicos

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
07/04/2012 | 07:19
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Em 2011, a Câmara de Diadema gastou R$ 211,9 mil no contrato firmado com a operadora Vivo, que administra o sistema de telefonia celular da Casa. A média mensal, de R$ 17.660 com os 122 aparelhos, é a mais alta do Grande ABC.

Cada um dos 17 vereadores tem direito a sete celulares, distribuídos aos seus assessores. Pelo regimento da Casa, cada parlamentar pode contratar sete funcionários para auxílio no mandato. Os outros três telefones ficam no departamento administrativo do Parlamento.

Na quarta-feira, o Diário revelou que Osmailton Caldeira, ex-assessor do vereador Wagner Feitoza, o Vaguinho (PSB), utilizava o número pago com dinheiro público para promover a casa de shows O Tambor, a qual administra. Conhecido como Patão, Caldeira possuía aparelho mesmo sem ser servidor contratado da Câmara desde 2009.

O presidente da Casa, Laércio Soares (PCdoB), exigiu que Vaguinho devolvesse o aparelho à presidência. Além de cumprir a ordem, o vereador socialista exonerou a funcionária Rosa Maria, que deveria trabalhar com o celular que estava com Patão.

"Temos normas para o uso do celular. Cada vereador assina um termo de compromisso, se responsabilizando por eventual mau uso do telefone por seus assessores", enfatizou Laércio, logo após saber que o ex-assessor de Vaguinho promovia shows de sua casa de espetáculo, no Jardim Canhema, com o celular da Câmara.

Pelo contrato firmado com a Vivo, cada telefone tem direito a 100 minutos de ligações mensais. Caso estoure o limite de créditos no período, o servidor fica impossibilitado de recarregar o aparelho. A exceção é o número do próprio vereador, que pode receber mais minutos de ligação. O adicional é descontado dos vencimentos. 

MP já pediu explicações sobre abuso com telefones 

O uso dos telefones celulares pagos com dinheiro público e utilizados pela Câmara de Diadema já foi alvo de diversos ofícios do Ministério Público da cidade. No ano passado, o promotor de Cidadania do município, Daniel Serra Azul Guimarães, pediu explicações ao presidente da Casa, Laércio Soares (PCdoB), sobre a quantidade de aparelhos e o gasto anual com o serviço.

"Mostrei para o promotor que o uso do celular é indispensável. É uma das mais importantes ferramentas de comunicação que temos", disse Laércio.

Na sessão de quarta-feira, vereadores questionaram informalmente o presidente sobre a possibilidade de cortes nos celulares após o Diário revelar que Osmailton Caldeira, ex-assessor do parlamentar Wagner Feitoza, o Vaguinho (PSB), utilizava o aparelho para promover shows de sua casa de espetáculos no Jardim Canhema. Muitos apostam que a Promotoria deverá requisitar controle ainda mais rígido e diminuição do benefício.




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