Médica seria a primeira mulher na história de Santo André a disputar a Prefeitura
A empreitada política da médica obstetra de Santo André Ana Glória Silva (PSDC) durou menos de um mês. Pré-candidata ao Paço com a bênção do presidente nacional da sigla, José Maria Eymael, a democrata-cristã desistiu da disputa. Ela seria a primeira mulher a disputar o Paço na história da cidade. Os motivos da abdicação não foram revelados.
Além de o projeto naufragar, Ana Glória renunciou também ao cargo de presidente do diretório municipal do PSDC. Em nota, a direção estadual do partido informa que "a Democracia Cristã participará das eleições majoritárias e proporcionais de 2012, nessa tão importante cidade da Grande São Paulo,em aliança com outras consistentes forças político-partidárias do município."
Desse modo, o PSDC tende a apoiar o deputado estadual Carlos Grana (PT), cuja convenção para homologar a candidatura a prefeito será realizada hoje. Ana Glória chegou a ser sondada para ser vice de Grana, após Eymael anunciar apoio ao petista, mas que em função "do clamor da sociedade" o partido optou, no início de junho, a entrar na disputa majoritária.
Sem Ana Glória, o PSDC não deve ter representante na disputa majoritária, focando-se no pleito proporcional. Atualmente, o único integrante da sigla nos Legislativos da região é o vereador de Mauá Roberto Rivelino Ferraz, o professor Betinho, que tinha como companheiro de bancada Cincinato Freire, que foi para o PDT.
ONDA ROSA
Quando alçou a correligionária para disputar a Prefeitura, Eymael fez menção ao fato da mulher ocupar cada vez mais espaço na política mundial, citando como exemplo a presidente Dilma Rousseff (PT) e a premiê alemã Angela Merkel.
Sem Ana Glória, a ‘onda rosa' perdeu uma de suas representantes no Grande ABC. Três mulheres vão disputar o cargo máximo da administração municipal: Vanessa Damo (PMDB-Mauá), Maria Inês Soares (PT-Ribeirão Pires) e Regina Maura Zetone (PTB-São Caetano).
Procurada, Ana Glória não retornou aos contatos da equipe do Diário.
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