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Lavagna pede que não forcem reabertura da reestruturação da dívida argentina
Da AFP
11/04/2005 | 15:35
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O ministro da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, pediu nesta segunda-feira que "ninguém tente forçar" a reabertura da reestruturação da dívida em moratória pelos que não entraram na operação, em resposta às reivindicações do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Em declarações à rádio argentina "América", falando do Japão, onde participa da Assembléia Anual do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Lavagna disse que a "prioridade absoluta" para o Governo argentino é atender os 76,15% dos credores que aceitaram a troca da dívida em default, no valor total de US$ 81,8 bilhões.

Neste sentido, o ministro garantiu que os casos dos credores que não aceitaram a operação concluída em 25 de fevereiro, 23,85% do total, "serão revistos em seu devido momento": "Que ninguém tente forçar nem negociações nem reaberturas, porque não vai tê-las". "Hoje não há absolutamente nada, nem hoje, nem amanhã, nem daqui um mês", destacou Lavagna.

Em discurso na reunião do BID, o ministro esboçou nesta segunda-feira a possibilidade de "trabalhar com uma estratégia realista" para resolver "em seu devido momento" o problema dos credores que não aceitaram a troca da dívida.

O porta-voz do FMI, Thomas Dawson, condicionou na semana passada a retomada das negociações com a Argentina como parte do desenho de um plano "realista" para quem não entrou na troca. Os bônus nas mãos destes credores equivalem a US$ 20 bilhões.



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