Economia Titulo Consumo
Grande ABC é quinto maior
polo de consumo do Brasil

A cada R$ 100 gastos no País, R$ 1,87 é desembolsado na
região, de acordo com a pesquisa da IPC Marketing Editora

Gilmara Santos
Diário do Grande ABC
23/04/2013 | 07:05
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O Grande ABC segue como um grande polo consumidor no País, ocupando a quinta posição nacional. Juntas, as sete cidades vão movimentar neste ano cerca de R$ 56,18 bilhões - ou seja, alta de 12,45% na comparação com 2012, quando os municípios da região foram responsáveis por R$ 49,96 bilhões. Somente as capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte estão à frente das sete cidades. Os dados fazem parte de pesquisa da IPC Marketing Editora.

Apesar da alta, a posição no ranking nacional é a mesma do ano passado, reflexo da expansão no consumo também no restante do País. O diretor da IPC, Marcos Pazzini, explica que Brasília (terceiro lugar) e Belo Horizonte (quarto lugar) também ganharam participação no potencial de consumo nacional, fazendo com que o Grande ABC permanecesse na quinta posição.

"Em 2012 a participação do (Grande) ABC foi de 1,84% no total do consumo nacional e em 2013 será de 1,87%. Este crescimento se deve ao aumento na quantidade de domicílios da classe B", esclarece Pazzini. Significa dizer que a cada R$ 100 gastos no País neste ano, R$ 1,87 é usado por moradores da região.

Considerando o ranking estadual, as sete cidades juntas respondem pela segunda colocação, atrás apenas da Capital, que tem potencial de consumo de R$ 277,3 bilhões neste ano.

ENDIVIDAMENTO - O estudo revela ainda aumento na quantidade de domicílios do estrato social B, porém, esses consumidores perderam participação na intenção de compras. "Em 2012, a classe B do Grande ABC foi responsável por 56,5% do potencial de consumo da região e em 2013 esta participação deverá ser igual a 55,4%", esclarece Pazzini.

Para ele, a redução de intenção de compras revela que já está havendo reflexo do endividamento da população, principalmente da classe B, que aumentou em quantidade de domicílios, mas diminuiu sua participação no consumo.

CIDADES - Considerando as cidades separadas, a mais bem colocada no ranking é São Bernardo, que ocupa a 15ª posição nacional e a quarta estadual. Na sequência está Santo André, com o 16º e o quinto lugar, respectivamente. Mauá está em 53º e 15º; Diadema, em 58º e 17º; São Caetano, 97º e 31º; Ribeirão Pires, 207º e 64º; e Rio Grande da Serra, 580º e 163º.

NO PAÍS - O levantamento mostra que o Brasil tem potencial de consumo de R$ 3 trilhões neste ano. Em 2012, a previsão era de R$ 2,73 trilhões.

 

Estudo mostra que 76,5% pertencem às classes A e B

O estudo revela que 76,5% dos domicílios da região pertencem às classes A e B de consumo, que têm renda mensal familiar entre R$ 2.350 a R$ 20.958. "O processo de migração social positiva continua em todo País, mas não significa necessariamente aumento da renda e do consumo", diz Marcos Pazzini.

O estrato C corresponde a 21,3% e o salário varia entre R$ 1.034 e R$ 2.349. Na sequência está a D, com 63.123 casas, com renda de até R$ 1.034. Famílias que contam com menos de R$ 668 por mês para sobreviver compõem o estrato social E, que tem 1.409 representantes.

A pesquisa mostra ainda que o número de domicílios na região passou de 800.666, registrados em 2012, para 806.007, neste ano.

 




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