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'Azulão tem de jogar como time pequeno'
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
22/08/2011 | 07:48
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Jogador com bastante tempo de rodagem no São Caetano - nove anos -, o goleiro Luiz é um dos que mais têm sentido a má fase do São Caetano na Série B do Brasileiro. Motivo: com apenas um título na carreira pelo clube, o Paulista de 2004, sonha conquistar o acesso neste ano para voltar a disputar o Brasileirão após cinco anos na Segundona.

Com a experiência acumulada desde a queda, em 2006, o camisa um avalia que falta ao Azulão atuar mais como time pequeno para encontrar o equilíbrio no torneio. A análise considera que, por ter jogadores técnicos, a equipe às vezes quer jogar bonito e em alguns momentos deixa a desejar na marcação. "No papel nosso time é bom tecnicamente, mas, às vezes, temos de jogar como time pequeno. Precisamos fazer mais faltas. Os outros times não nos deixam jogar, por que temos de deixá-los? Não podemos fazer falta perto da área, como tem acontecido. Temos de matar a jogada no meio. Todos fazem assim."

Luiz cita como exemplo o Corinthians ao projetar o que entende faltar ao São Caetano para ter dias melhores na Série B. "No Corinthians, o Emerson e o Jorge Henrique são atacantes e dão até carrinho para ajudar na marcação. Temos de correr e marcar, independentemente da função de cada um em campo. Em certos momentos em um jogo é preciso ter esse espírito de time pequeno."

Afastado dos gramados desde o dia 1º, véspera do jogo com o Guarani, em Campinas, pela 15ª rodada, Luiz ainda se recupera de lesão na panturrilha direita. Ele se machucou em treino no Estádio Moisés Lucarelli, casa da Ponte Preta, e só deve voltar às atividades físicas de campo em dez dias.

Segundo goleiro, esta é sua primeira lesão ao longo desses nove anos de clube. "O que mais queria era estar em campo para ajudar o time, mas não adianta pular etapas para voltar antes e correr o risco de me machucar de novo."

O camisa um tem contrato até 31 de dezembro e, segundo ele, ainda não foi chamado para discutir a renovação. Por lei, desde 31 de julho o jogador tem liberdade para fazer pré-contrato com outra equipe. "Ainda não nos reunimos, mas acho que em breve isso vai acontecer. Quero continuar no clube e no momento penso apenas em me recuperar e ajudar o time."

Embora esteja afastado, Luiz tem ido aos jogos do time em casa para dar força ao elenco e, apesar dos nove anos de clube, prefere não ser visto como líder em campo. "Há outros jogadores experientes. As cobranças não podem ser direcionadas só para mim."




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