Os jogadores do Palmeiras entraram com coletes negros em campo, carregando uma faixa, onde estava escrito: "Jogamos sob protesto, mas em respeito ao futebol brasileiro". O clima de decisao estava no ar. Os jogadores gaúchos demoraram a entrar no campo, queriam começar a correr mais tarde que os concorrentes diretos. O jogo começou com dez minutos de atraso.
O começo foi nervoso. Foram poucos os lances que levaram perigo. O Palmeiras, sem o meia Alex, servindo a Seleçao Brasileira Sub-23, nao conseguia articular as jogadas, mesmo com três atacantes Evair, Paulo Nunes e Asprilla.
O Inter tomava a iniciativa das jogadas, explorando principalmente a ponta direita, onde Fabiano, Almir e Denílson aproveitavam o vazio deixado pelo lateral Júnior, que apoiava o ataque. Fabiano era o atacante mais perigoso.
Luiz Felipe, percebendo a apatia do time, mudou no intervalo. Trocou o lateral Arce, que estava apático, e colocou Jackson, deslocando Rogério para a ala direita. O técnico justificou: "O empate nao nos classifica. Nem a derrota. O jeito é deixar o time mais ofensivo e buscar a vitória."
A partida melhorou no segundo tempo. O Palmeiras teve uma boa chance logo aos três minutos: Júnior recebeu lançamento de Galeano, cruzou e Paulo Nunes chutou na trave. O Inter retrucou. O atacante Celso, que entrou no lugar do lateral Gustavo, recebeu a bola sozinho e carimbou a trave de Marcos.
O Inter marcou aos 35 minutos, com um gol de cabeça de Dunga, após cobrança de falta. O zagueiro Agnaldo, precipitado, ficou parado sobre a linha do gol e deu condiçao aos jogadores gaúchos. Dunga percebeu, adiantou-se e cabeceou para marcar.
Um último susto: Pena
Era o resultado que os gaúchos precisavam para escapar do rebaixamento. No final, as luzes do Beira-Rio foram apagadas faltando um minuto. Luiz Felipe ficou irado: "Este time merecia cair para a 10ª divisao." Os gaúchos insistiram em continuar o jogo, argumentando que dava para jogar. As luzes voltaram 14 minutos depois, reiniciando a partida. Pena quase empatou.
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