Política Titulo Santo André
Paço propõe reajuste de 2017 em 3 parcelas anuais
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
13/10/2017 | 07:00
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A Prefeitura de Santo André, chefiada por Paulo Serra (PSDB), encaminhou proposta de reajuste salarial de 2017 ao funcionalismo público em três parcelas anuais. A oferta apresentada fraciona o índice da inflação no período acumulado de 12 meses (4,57% da data-base de 1º de abril, dividindo percentual de 1,5% em 2018, 1,5% em 2019 e 1,5% em 2020). O Paço relatou o item no dia 9 ao reiterar alegação de enormes dificuldades financeiras neste ano, o que inviabilizaria incluir valor monetário na negociação do exercício vigente, e com o compromisso de outro desfecho no acordo do ano que vem.

Diante do cenário econômico, o governo andreense já havia sinalizado, ainda no primeiro semestre, que não conseguiria conceder a correção em 2017. Apesar da situação, o Paço pediu prazo de 60 dias – vencido em setembro – para se posicionar sobre estudo orçamentário então em análise. O período coincidiu com a eleição da nova direção do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos), depois de algumas tentativas frustradas. A última rodada de tratativas já ocorreu com a executiva recém-eleita.

De acordo com a proposta da Prefeitura, em 2018, a inflação da data-base estaria garantida e seria paga integralmente, assim como nos próximos anos de gestão. A única dificuldade seria quitar completamente o reajuste de 2017 ainda neste ano, segundo o Paço.

O Paço, por meio da Secretaria de Inovação e Administração, sob o comando de Fernando Gomes (PSDB), pontuou que as “conversas com o Sindserv foram retomadas após as eleições da entidade”. “Os debates com a nova diretoria ainda estão no início e um outro encontro está marcado para a próxima semana, com o objetivo de dar prosseguimento a discussão”. A reunião na Prefeitura está agendada para quarta-feira. A categoria convocou assembleia no dia anterior, terça-feira, no anfiteatro da Câmara para colocar em apreciação a proposta, que deve ser rejeitada pelos funcionários.

Um dos integrantes da composição do Sindserv, Rodrigo Gomes Abreu alegou ter enxergado “com preocupação” a oferta do governo, tendo em vista seis meses de distância da data-base. Segundo ele, os trabalhadores entendem o momento complicado dentro da conjuntura nacional, mas que os servidores não podem ficar desamparados. “Na direção há consciência, consenso de que não vamos deixar de lutar por esses quase sete meses parados. Em linhas gerais, 2017 foi muito negativo. Vamos construir isso (discutir contraproposta) na assembleia.” 




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