Por seus papéis nos filmes de Losey e Visconti, Bogarde ocupa um capítulo importante da história do cinema. Com Losey, foram cinco filmes: O Monstro de Londres, que o cineasta, por estar na lista negra do macarthismo, assinou como Victor Hambury, O Criado, Modesty Blaise, King and Country e Estranho Acidente. Com Visconti, dois: Os Deuses Malditos e Morte em Veneza.
Gala nos anos 50, assumiu seu homossexualismo quando fez Meu Passado me Condena, no começo dos 60. O filme de Basil Dearden, sobre um gay que é chantageado, teve um impacto tao grande que levou a um abrandamento das leis sobre homossexualismo na Inglaterra (que ainda eram as mesmas que haviam crucificado Oscar Wilde).
Um de seus maiores sucessos de público foi com o filme O Porteiro da Noite, de Liliana Cavani, em que protagonizou tórridas cenas de sexo com Charlotte Rampling, num estudo sobre sadomasoquismo na época do nazismo.
Bogarde abandonou o cinema em 1977. Ficou 12 anos afastado das telas e entao voltou em Daddy Nostalgia, de Bertrand Tavernier, que foi seu último filme (em 1990). Nos anos 80, dedicou-se à literatura, escrevendo vários romances e três volumes de memórias que levaram os críticos a dizer que o grande ator era também um grande escritor, comparado até a Graham Greene.
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