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Rapaz percebe assalto, se esconde debaixo da cama e avisa vizinhos
Luciana Sereno
Do Diário do Grande ABC
27/07/2005 | 08:20
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O raciocínio rápido do autônomo D.P., 29 anos, frustrou nesta terça-feira, mais uma tentativa de assalto à residência na Vila Assunção, em Santo André. D. se escondeu debaixo da cama do seu quarto quando percebeu que seus pais de 62 e 57 anos, o irmão, 24, e a cunhada, 24, haviam sido rendidos por dois assaltantes em outro cômodo da casa da rua Regente Feijó. De debaixo da cama, telefonou para os vizinhos e pediu que chamassem a polícia. Em poucos minutos, dez viaturas estavam em frente da casa e os dois assaltantes tentaram, sem sucesso, fugir pulando o muro de trás da casa.

Os assaltantes renderam o casal M.S. e M.P. quando eles guardavam os carros na garagem, por volta das 18h30 desta terça-feira. Os ladrões entraram com as vítimas e encontraram o filho do casal com a mulher, que também foram feitos reféns. "Eles chegaram de sopetão. Um deles ficou com nós quatro na sala de TV, enquanto o outro começou a separar o que queriam levar. A sorte é que não perceberam que meu cunhado também estava em casa", conta a moça M.P..

Do quarto, escondido debaixo da cama, o autônomo conseguiu avisar os vizinhos sobre a invasão e em dez minutos a casa estava cercada pela Polícia Militar. Ao perceberem a chegada da polícia, os assaltantes tentaram fugir. "Eles chegaram a abrir a porta principal da sala e deram de cara com a gente. Então correram pelos fundos e conseguiram fugir pela lavanderia", contou um policial.

A dupla tentou então se desvencilhar dos policiais pulando os muros das casas vizinhas. Eles atiraram contra os policiais, mas acabaram presos em flagrante. Um deles já estava dentro de uma das casas na mesma rua. Carlos Luiz Lopes, 19 anos, não tem passagem pela polícia. Já Sandro de Oliveira Bastos, 27, cumpriu pena na cadeia pública de Santo André, no Dacar-7, na cadeia de Ribeirão Pires e na Casa de Detenção de São Paulo, sempre por roubo.

A polícia recuperou com a dupla telefones celulares e dinheiro e a arma usada no assalto foi apreendida. Nesta quarta-feira, a polícia deve voltar ao local para fazer um rescaldo nas casas vizinhas. Os assaltantes disseram que os demais pertences levados da casa teriam sido deixados no caminho, durante a tentativa de fuga.

O assalto desta terça-feira engrossa as estatísticas criminais do bairro de classe média de Santo André. Por semana, pelo menos duas ocorrências de assalto à residência do bairro são registradas no 1º Distrito Policial da cidade. Para a dona-de-casa vítima desta terça, E.P., "é a Vila Assunção a faixa de gaza do Grande ABC e não os bairros da divisa da cidade com Mauá e a zona Leste da capital".

A família vítima do assalto desta terça mora no bairro há 13 anos, mas planeja sair da cidade. "Não há mais condições emocionais para continuar por aqui", desabafa a dona-de-casa. Segundo ela, há quatro anos a casa foi assaltada enquanto a família viajava. A quadrilha encostou um caminhão na porta da casa e levou tudo que queria. A dona-de-casa diz que seu marido também já sofreu seqüestro relâmpago e os filhos tiveram carros e motocicletas roubados na porta da casa.




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