A Uniao Européia (UE) e a China retomaram nesta segunda-feira em Pequim as negociaçoes para a entrada do país na Organizaçao Mundial do Comércio (OMC). Trata-se da quarta rodada de negociaçoes este ano, depois do fracasso das discussoes em março. O negociador pela UE, Pascal Lamy, disse que está cautelosamente esperançoso sobre um acordo. A China precisa do apoio da UE para ser admitida na organizaçao, o que vem tentando há 14 anos. A entrada na OMC dará maior acesso mundial às exportaçoes da China, que, em contrapartida, terá de abrir mais seu mercado doméstico.

Em novembro passado, a China fechou um acordo com os EUA. Os países-membros da UE, por sua vez, vêm pressionando o governo chinês a fazer concessoes maiores para o bloco, sobretudo nos setores de telecomunicaçoes, veículos e serviços financeiros. Para que a OMC possa votar a admissao do país, a China tem de assinar acordos em separado com os 37 membros da OMC que pediram negociaçoes bilaterais com o país. Destes 37, a China ainda precisa fechar acordos com a UE, Suíça, Letônia, México, Costa Rica, Guatemala e Equador.

Quanto ao desempenho da economia chinesa, dados divulgados nesta segunda mostram que a produçao industrial e as exportaçoes da China mantêm forte crescimento. Segundo os números da balança comercial anunciados pela agência oficial de notícias Xinhua, o superávit no período janeiro a abril subiu para US$ 7,3 bilhoes, de US$ 5,2 bilhoes no mesmo período do ano passado. O volume de comercial cresceu 38,8%, impulsionado por um aumento de 39% nas exportaçoes, para US$ 72,2 bilhoes. As importaçoes cresceram 38,6% para US$ 64,9 bilhoes.

A produçao industrial, por sua vez, cresceu 11,4% em abril na comparaçao com o mesmo mês do ano passado, informou o birô estatal de estatísticas. Nos quatro primeiros meses do ano, a produçao cresceu 10,9%. O birô apontou o crescimento de 3,2% nas exportaçoes industriais como um dos principais fatores que contribuíram para o forte resultado de abril.