Política Titulo Professores
Saulo promete efetivar contraproposta no dia 30

Em dia de protestos, Prefeitura de Ribeirão
volta a dizer que não há verba para efetuar reajuste

Vitória Rocha
Especial para o Diário
23/06/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


O governo do prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), prometeu até a próxima quinta-feira entregar contraproposta ao Sineduc (Sindicato dos Professores das Escolas Públicas Municipais), que ontem fez protesto em frente ao Paço e paralisou serviços da Educação.

A administração voltou a dizer que não há recursos para honrar o pagamento do dissídio – o governo aprovou reajuste de 11,8% à categoria, que deveria ter sido honrado até o fim de maio. Segundo o Paço, caso a majoração salarial seja conferida aos professores, há risco concreto de não haver dinheiro para pagar o restante do funcionalismo. Também foi cogitado o parcelamento da quitação desse percentual, algo que o Sineduc não pretende aceitar.

“Em assembleia, decidimos aguardar a contraproposta. Vamos esperar até o dia 30 para então tomar alguma atitude”, avisou Perla de Freitas, presidente do Sineduc. Ela já ingressou na Câmara de Ribeirão com pedido de impeachment de Saulo pelo não cumprimento do pagamento do dissídio e é acusada pelo prefeito de fazer as ações por motivos eleitorais.

Ontem pela manhã, os servidores da Educação de Ribeirão Pires fizeram paralisação e passeata pelo Centro da cidade. O protesto reuniu aproximadamente 300 pessoas e fechou as ruas, com carro de som e monitoramento da GCM (Guarda Civil Municipal). O grupo seguiu para o Paço entoando palavras de ordem, pedindo o dissídio e o 13º salário. Uma funcionária levou cartaz com a imagem de Saulo e um nariz de Pinocchio, personagem de histórias infantis cujo nariz cresce a cada mentira contada.

Uma das presentes, a professora Débora dos Santos, 31, disse que a manifestação não é contra o prefeito. “A gente está pedindo um direito nosso, não é nada contra a lei ou contra o Saulo. É a favor do nosso direito”. A agente escolar Regina Ferraz, 45, concordou. “Estou aqui pelo reajuste porque precisamos ser valorizados.”

Segundo Perla de Freitas, a paralisação atingiu todas as escolas (total ou parcialmente) e foi motivada principalmente pelo não pagamento do dissídio, mas também há outras questões. “Queremos melhores condições de trabalho, efetivação do plano de carreira, equiparação salarial.”

Ainda pela manhã, o secretário de Comunicação, Thiago Quirino, recebeu comissão de seis servidores. O encontro também teve participação do titular de Governo, Valmir Copina (PMDB). Segundo a administração, o atraso no reajuste se deu pela falta de verba e uma saída precisa ser estudada. “Se dermos o reajuste agora, corremos o risco de não ter dinheiro para pagar o salários dos 4.200 funcionários da Prefeitura”, afirmou Quirino. Copina sugeriu que o pagamento fosse feito em duas vezes, em agosto e novembro. A presidente do sindicato, no entanto, não aceitou. 




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