Política Titulo Orçamento de 2016
União empenha R$ 6,2 mi em emendas para o Grande ABC

Repasses oriundos de indicação impositiva de parlamentares para o Grande ABC estão congelados desde 2012

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
16/04/2017 | 07:00
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Montagem/DGABC


O governo federal empenhou R$ 6,22 milhões em recursos do Orçamento da União para o Grande ABC, oriundos de emendas parlamentares. Dados fornecidos ao Diário pelo Ministério do Planejamento indicam, contudo, que apenas quatro das sete cidades estão incluídas nas possíveis transferências.

Para Santo André, as indicações dos deputados federais Vicentinho, Vicente Cândido e Andrés Sanchez (todos do PT) somam R$ 980 mil, para aplicação nas áreas de esporte, de inclusão social e de desenvolvimento urbano; para São Bernardo, os recursos encaminhados por Vicentinho e Andrés totalizam R$ 4,7 milhões; Vicentinho também destinou R$ 530,7 mil para Mauá; e R$ 100 mil para Ribeirão Pires, indicados por João Paulo Papa (PSDB). Essas últimas três verbas são carimbadas para investimentos exclusivos em Saúde.

Não há garantias de que os valores serão depositados de fato às cidades, uma vez que o empenho da verba não assegura, necessariamente, as transferências. Essa fase, porém, é uma das últimas para que o envio do dinheiro se concretize. Todas essas emendas foram atreladas ainda na peça orçamentária da União do ano passado.

A lista de repasses ao Grande ABC também inclui R$ 2,32 milhões em emendas parlamentares referentes ao exercício vigente. Os valores, a serem destinados para Santo André (R$ 460 mil), São Bernardo (R$ 500 mil), São Caetano (R$ 659,7 mil) e Mauá (R$ 710 mil), já foram aprovados, mas ainda tramitam no Planalto.

As emendas parlamentares destinadas ao Grande ABC estão congeladas desde 2012, ainda no último ano do mandato passado dos prefeitos. A última verba liberada, de R$ 3,1 milhões, foi de autoria da então petista Marta Suplicy (hoje no PMDB) para melhorias no Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini, em Mauá.

De lá para cá, a crise econômica fez com que o governo federal – ainda sob a gestão de Dilma Rousseff (PT) – fechasse as torneiras de recursos para o Grande ABC, tido como berço político do petismo.

GOVERNO ALCKMIN
Não foi só o governo federal que congelou os aportes à região. Levantamento feito pelo Diário no mês passado mostrou que o Palácio dos Bandeirantes também reduziu drasticamente o envio de repasses voluntários às sete cidades. Em três anos, os auxílios financeiros do governo Geraldo Alckmin (PSDB) à região caíram de R$ 39,9 milhões (saldo de 2013) para R$ 12,4 milhões (2016) – retração de quase 70%.

A redução de ajuda da gestão tucana não afetou as candidaturas apoiadas por Alckmin na região durante a eleição do ano passado. Todos os sete prefeitos eleitos em outubro são aliados do governo do Estado. Não à toa, Alckmin, que é virtual candidato à Presidência em 2018, deve intensificar suas agendas oficiais no Grande ABC durante este ano.  




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