Economia Titulo Mercado imobiliário
Locação de imóveis tem aquecimento na região
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
06/02/2009 | 07:00
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O mercado de locação de imóveis residenciais no Grande ABC mostra aquecimento no início deste ano, depois de uma forte queda nos meses finais de 2008, segundo o Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo).

 O conselheiro do Creci-SP João Batista Bonadio, que é empresário do ramo imobiliário em São Caetano, afirma que a crise financeira internacional afetou lançamentos e a venda de imóveis usados na região, mas as locações em janeiro já registra expansão, de 15%, frente ao mesmo período de 2008.

 A explicação, segundo o conselheiro, são os efeitos da crise financeira internacional, que tem abalado a confiança dos consumidores para a compra da casa própria por conta das perspectivas em relação à economia. "Todo ano, nesta época, aumenta a procura por imóveis mas, hoje em dia, as pessoas estão sem coragem para fazer financiamento e optam por alugar", disse.

 O aquecimento ocorre, após uma forte retração nos meses que se seguiram ao acirramento da turbulência global, em meados de setembro. Em novembro, a entidade registra que houve uma queda de 67,94% frente a outubro no número de imóveis alugados na área de abrangência que inclui Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco. O percentual de queda é bem maior do que o observado em todo o Estado, em que houve retração de 31,85% no mês.

 As vendas de imóveis usados, de acordo com o Creci, apresentavam diminuição de 12,51% no Estado, enquanto na área que inclui o Grande ABC, a baixa na procura foi de 23,10%.

 Segundo o presidente da entidade, José Augusto Viana Neto, o desempenho fraco do mercado não chegou a ser uma surpresa. "A crise estava em expansão, apesar das medidas de socorro dos governos e ainda tivemos as férias e o início do verão, que costumam afugentar potenciais compradores", disse.

 Para Augusto Viana, a melhora nas vendas de imóveis dependerá de vários fatores, como a manutenção dos níveis de emprego e renda e, especialmente, das medidas que facilitem o crédito. Segundo ele, a baixa dos juros, a facilitação para a comprovação de renda e para a oferta de garantias, a ampliação dos prazos de pagamentos e o financiamento de 100% do valor do imóvel são essenciais para uma ‘virada de jogo' do segmento.




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