A assessoria de imprensa do INSS confirmou ao Diário que o pagamento do operador foi feito normalmente e disse que eventuais problemas são de responsabilidade do banco. Procurado pela reportagem, o Unibanco não se pronunciou sobre a possível clonagem dos cartões de beneficiários do INSS. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o crime é estelionato e o banco também é vítima porque terá de ressarcir o cliente.
Segundo Lício, na agência, a orientação era não procurar a polícia. “Uma gerente disse que no dia anterior, o mesmo problema aconteceu com outras duas pessoas”. Os saques teriam sido de R$ 240 e R$ 870. Na Delegacia Seccional de Santo André (que também atende Mauá e Ribeirão Pires) ainda não há denúncias sobre o golpe. A polícia informou que depende dos BOs para investigar.
Lício está afastado do emprego há 22 meses por problemas de saúde. O benefício é a única renda da casa onde ele mora com a mulher e três filhos adolescentes. “A gente espera o mês inteiro para receber. Planeja as dívidas para o dia certo e de repente se vê nessa situação. Sem dinheiro até para comer. Vou ter de pedir auxílio aos parentes.” Sem o pagamento, o operador deixará de quitar a conta de telefone e comprar mantimentos e remédios. “Vou ter de desmarcar a cirurgia de coluna marcada para o dia 12. Não tenho como comprar os remédios e a resposta é só no fim do mês”.
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