A deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) conquistou liminar no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que garante sua candidatura para buscar reeleição na Assembleia Legislativa em outubro. Decisão da ministra Laurita Vaz, relatora do caso no TSE, suspendeu os efeitos da determinação do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) que condenou a peemedebista a oito anos de inelegibilidade por abuso de poder econômico quando concorreu à Prefeitura de Mauá, em 2012. A determinação da ministra vale até a conclusão do julgamento da defesa apresentada pela parlamentar em Brasília.

Vanessa comemorou a decisão. “Fui acusada de algo que não cometi. Nunca tive dúvida sobre a minha inocência e sempre confiei que a justiça seria feita”, disse.

Homologada para o pleito na convenção estadual do PMDB em 14 de junho, ela se mostrou confiante na busca pelo terceiro mandato no Legislativo estadual. “Aqueles que não contavam com a minha candidatura terão de trabalhar mais”, considerou.

Na eleição de 2012, a parlamentar foi acusada de ter distribuído folhetos apócrifos acusando Donisete Braga (PT), seu principal adversário naquele pleito, de participação no assassinado do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT, morto em 2002).

O material trazia fotos do corpo de Celso no IML (Instituto Médico-Legal) e uma imagem de Donisete manchada de sangue. O atual prefeito mauaense foi investigado pelo MP (Ministério Público) de ligação com o crime, mas o caso foi arquivado em 2005 por falta de provas. A apuração do MP foi mencionada por Vanessa durante a eleição.

Donisete entrou com ação contra a adversária, pedindo a cassação do registro de candidatura.