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Falta de elo político emperra verbas
Do Diário do Grande ABC
15/01/2006 | 09:04
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A busca das prefeituras do Grande ABC por verbas extras (além dos impostos municipais e repasses estaduais e federais) para desenvolver novos projetos esbarra na falta de proximidade política do chefe do Executivo municipal com os governos estadual e federal. Fora isso, os melhores resultados se restringem às cidades com maior capacidade de endividamento, como São Bernardo e Santo André, esta última a única que mantém departamentos dedicados exclusivamente à captação de recursos extras. As demais, ou se mantêm com recursos próprios, como São Caetano, ou sobrevivem com promessas de investimentos externos, como Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires e até Diadema, que, pelo menos, já tem verba federal empenhada. Mauá sai do imbróglio jurídico das eleições passadas e entra agora nessa disputa.

Ao lado do Orçamento de R$ 1,9 bilhão, os R$ 20 milhões conseguidos por São Bernardo em 2005 junto ao governo do Estado e apenas R$ 1 milhão federal soam como troco. No entanto, o município que mais arrecada impostos na região luta por verbas significativas com empréstimos na ordem de US$ 144 milhões junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) ou ainda pelo convênio de US$ 200 milhões da Jica (Agência Japonesa de Cooperação Internacional) para a recuperação da represa Billings.

Os R$ 20 milhões estaduais servirão para duplicação da estrada Galvão Bueno. A verba federal de R$ 1 milhão do governo federal se destinou para a construção do Canil Municipal, obra que começou em 2004 e foi entregue no ano passado.

Destoa também São Caetano, com sua representatividade econômica, contar apenas com o investimento estadual da ordem de R$ 8,65 milhões para a construção do piscinão do ribeirão dos Meninos. Os únicos valores da União dizem respeito às verbas carimbadas ligadas às áreas de Educação e Saúde.

Em Diadema, a relação entre a Prefeitura o governo do Estado beira a inexistência. A secretária de Finanças do município, Adelaide Maia Moraes, garante que, no ano passado, não houve repasse algum do Estado. A cidade convive com o compromisso de receber R$ 198,8 milhões do governo federal pulverizados em 11 áreas. Parte já foi recebida, mas a principal obra da administração, o Quarteirão da Saúde, aguarda a chegada dos R$ 24,5 milhões da União.

Recém-empossado no comando de Mauá, o prefeito Leonel Damo (PV) se articula para trazer dinheiro de fora ao município. Os esforços estão concentrados no Estado, já que a cidade não consta do Orçamento da União em 2006. Mesmo os acordos com o governador ainda estão no plano verbal.

Em Ribeirão Pires, o prefeito Clóvis Volpi (PV) ganhou de Alckmin uma ETE (Escola Técnica Estadual). "Não sei quanto isso custou para o Estado, mas eu gastei R$ 300 mil com reformas no prédio", afirma. Mas conseguiu receber R$ 1,6 milhão de verba do Dade (Departamento de Apoio e Desenvolvimento de Estâncias) referente a 2004.

Em Rio Grande da Serra, a principal verba estadual extra conseguida em 2005 será utilizada na revitalização do centro da cidade. No acordo, a Prefeitura conseguiu R$ 1,2 milhão. Falta apenas a assinatura do governador Geraldo Alckmin para que a verba chegue ao município.




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