Segundo o estudante, ele e alguns amigos voltavam de uma festa e resolveram cortar caminho por dentro do parque, por volta das 5h. Eles foram abordados por alguns rapazes do bando, que pediram dinheiro. O estudante tentou correr, mas acabou caindo. Seus colegas conseguiram escapar. "Como o Wesley nao tinha dinheiro, o grupo decidiu castigá-lo", disse o delegado plantonista do 4º DP de Santo André, Luís Marcelo Perpétuo Sampaio, referindo-se à sessao de pancadaria que se seguiu.
Wesley foi agredido com socos, pontapés e pauladas. Ele contou que só nao morreu porque conseguiu se levantar e fugir em direçao ao supermercado Extra, na avenida Industrial, onde foi socorrido por seguranças do estabelecimento. Um dos guardas municipais que trabalhava no parque interveio no tumulto e teve de chamar apoio de outras viaturas da corporaçao para controlar o grupo.
Dos cerca de 30 jovens que integravam a gangue, 12 foram levados à delegacia. Lá, apenas o estudante Vagno Pereira de Souza, 20 anos, foi reconhecido por Wesley como um dos agressores. A polícia apreendeu com o rapaz um galho de árvore com manchas de sangue. Vagno foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio, desacato e resistência à prisao. David Virgulino também foi surpreendido com um galho na mao, mas foi liberado por nao ter sido identificado pela vítima.
Episódios como o de ontem já fazem parte da rotina do parque Duque de Caxias, que funciona 24 horas por dia, principalmente nas noites dos fins de semana, segundo a polícia. "Sao pessoas que vao ao parque entre 23h e 4h para fazer arruaça, beber e usar drogas. Há muitas ocorrências de vandalismo e até de atos obscenos. O acesso deveria ser proibido nesse horário", disse Sampaio.
Segundo o delegado, freqüentemente vândalos causam danos ao parque durante a madrugada, como a quebra de luminárias. "Os três ou quatro guardas municipais que fazem a segurança no parque neste período nao têm como conter a açao desses indivíduos", completou.
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