O número de furtos de cabos que alimentam semáforos na região teve alta de 37% neste ano. De janeiro a setembro, foram 55 ocorrências de fiação de cobre arrancadas de ruas e avenidas contra 40 casos no mesmo período de 2017. O levantamento leva em consideração crimes registrados nas cidades de Santo André, São Bernardo e São Caetano.

Com média de um ato de vandalismo a cada quatro dias, o furto de fiação tem resultado em prejuízo em grande escala para a população, não apenas financeiro, mas também no cotidiano de motoristas que transitam pelo Grande ABC.

Exemplo recente aconteceu no cruzamento da Avenida Lauro Muller com a Rua Afonsina, em Santo André, onde houve retirada de toda a fiação e quebra das caixas de passagem. Segundo o DET (Departamento de Engenharia de Tráfego) andreense, foram necessárias 24 horas para o completo restabelecimento do serviço. “Foi um caos. Durante todo o dia, o trânsito na região ficou carregado em todos os sentidos”, afirma a auxiliar administrativa Bruna Pereira de Souza, 20 anos, que trabalha em frente ao ponto afetado.

Para agravar a situação, o custo de religação dos semáforos do cruzamento em Santo André (que inclui passagem de fiação, reconstrução das caixas de passagem das tubulações e mão de obra própria) ficou em R$ 21 mil.

O período para religação do semáforo depende do porte do cruzamento (larguras das vias e da quantidade de fases dos semáforos) e do tipo de material que foi roubado. Em média, conforme as prefeituras, o tempo de restabelecimento do serviço oscila entre uma e oito horas.

Os custos gerados pelos atos furtivos também variam de acordo com a necessidade do reparo, sendo, na maioria dos casos, de R$ 5.000, em média.

Embora equipes da GCM (Guarda Civil Municipal) de cada cidade afirmem investir na fiscalização deste tipo de delito, alguns pontos da região têm registrado com frequência furtos de fiação. É o caso do entrelaçamento entre a Avenida dos Estados com a Avenida da Paz, em Santo André, que, somente neste ano, registrou três ocorrências. Em São Caetano, a Rua Maximiliano Lorenzini teve duas ocorrências, sendo uma no entroncamento com o Complexo Viário Prefeito Luiz Tortorello e outra no cruzamento com a Rua Mariano Pamplona.

A Prefeitura de São Bernardo, por sua vez, afirma que os locais com maior número de ocorrências registradas estão na região do Rudge Ramos, nas Avenida Lauro Gomes com Avenida Winston Churchil; Avenida Lauro Gomes com Rua Afonsina; Avenida Lauro Gomes com Avenida Lions, e entorno da Vila Vivaldi.