A FUABC (Fundação do ABC) quer ampliar a gestão de unidades de Saúde em Mauá. Entre os planos da instituição está o gerenciamento das quatro UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), que serão inauguradas este ano, além da administração do AME (Ambulatório Médico de Especialidades), que também deverá ser aberto nos próximos meses.

A fundação terá para 2011 orçamento previsto de R$ 930 milhões - R$ 230 milhões a mais que os R$ 700 milhões de 2010. A entidade conta atualmente com 11 mil funcionários.

O presidente da FUABC, Wagner Boratto, revelou ainda que a instituição tem interesse em manter o futuro Hospital de Clínicas de São Bernardo, com previsão para ser inaugurado em 2012. "Tivemos uma conversa com o (Luiz) Marinho (prefeito de São Bernardo), e ele nos sinalizou como possíveis gestores do novo hospital", contou o presidente.

Para este ano, a fundação também irá ampliar os serviços prestados no Poupatempo da Saúde, inaugurado em outubro em Santo André. Atualmente, o local oferece apenas consultas em otorrinolaringologia, angiologia e oftalmologia. "Este mês vamos começar a fazer colonoscopia e endoscopia, além de consultas não-médicas, como fisioterapia, psicologia e nutrição", enumerou.

Boratto antecipou que em março a unidade deverá iniciar os atendimentos de ortopedia.

NARDINI
A FUABC assumiu em março a gestão do Hospital Doutor Radamés Nardini, em Mauá. O centro hospitalar frequentemente é alvo de reclamações por parte dos munícipes. O presidente da instituição, entretanto, ressalta que o hospital teve melhorias no atendimento desde o início da administração.

Em março, o Nardini atendia em média 670 pacientes por dia. A administração informa que, em dezembro, o número já havia saltado para 1.200. A quantidade de cirurgias, que em 2009 foi de 1.465, aumentou para cerca de 2.150 em 2010. Segundo o hospital, o atual índice de satisfação dos usuários é de 85%.

Prioridade é humanizar atendimento, diz presidente

Resolver o problema de saúde e ver o paciente deixar o consultório satisfeito. Para o presidente da FUABC, Wagner Boratto, essa é uma das prioridades da instituição. "O que ganho se disser que tenho um orçamento de R$ 930 milhões? Ganho um sequestro, no máximo. O que me satisfaz é ver o sorriso no rosto do paciente", ressaltou.

Segundo Boratto, a humanização do atendimento acelera a recuperação de doenças e lesões. "O paciente ficará satisfeito e se empenhará mais no tratamento." Ele ressalta que o carinho com o doente não deve ser feito apenas pelo médico, mas por toda a equipe, como enfermeiros e técnicos.

O médico precisa ouvir o que o paciente tem para contar, levar em consideração a opinião dele. Quando se trata bem uma pessoa, ela adquire respeito", avaliou.

O presidente considera que a busca pelo atendimento humano ainda é um desafio no setor público em todo o País. Boratto, entretanto, demonstra otimismo, e considera que a tendência é de melhora na maioria dos hospitais municipais, estaduais e federais.