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Bancários iniciam hoje greve no Grande ABC

Sindicato informa que principal estratégia é definir na hora quais agências serão paralisadas

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
30/09/2014 | 07:15
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Denis Maciel/DGABC


Os bancários aprovaram, em assembleia, o início da greve na região a partir da 0h de hoje. A decisão ocorreu ontem, no Sindicato dos Bancários do ABC, em Santo André, após rejeição da proposta dos bancos em relação à campanha salarial. Apenas o hall de entrada das agências paralisadas, onde geralmente estão os caixas-eletrônicos, será aberto ao público. A única garantia de atendimento será em relação ao pagamento dos aposentados, afirmou o presidente da entidade, Eric Nilson.

O representante da categoria destacou que a principal estratégia da paralisação, neste ano, será a surpresa. “Vamos definir quais serão as agências fechadas no momento em que sairmos do sindicato”, destacou Nilson. Os diretores e colaboradores do sindicato se encontrarão, hoje e todos os dias da greve, às 7h para definir o caminho da mobilização.

As únicas dicas que Nilson deu sobre a estratégia surpresa é que a categoria pretende fechar as portas de mais de 20 agências hoje no Grande ABC e que o número de estabelecimentos paralisados aumentará, gradativamente, com a continuidade da greve.

NEGOCIAÇÃO - “Nossa intenção é resolver esse impasse o mais rápido possível”, destacou Nilson. A primeira proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) foi de reajuste salarial de 7% e, para os pisos, de 7,5%. O Comando Nacional, que representa os sindicatos dos bancários em todo o País, ficou insatisfeito, direcionou votações para todos os bancários, que a desaprovaram na quinta-feira, como ocorrido na região.

No sábado, a Fenaban elevou para 7,35% e 8% a sugestão, que também desagradou o Comando e, ontem, foi reprovada, junto com a adesão à greve.

Os bancários querem incremento de 12,5%. Nilson destacou ainda que não houve avanço nas cláusulas sociais, como segurança, saúde e manutenção de emprego.

O Grande ABC conta com, aproximadamente, 400 agências bancárias e 7.000 trabalhadores na categoria. Em 2013, a paralisação foi a segunda maior das história do sindicato, com 23 dias de duração. Em 2004, a greve durou 30 dias.


Cobranças continuam ativas mesmo com agências paradas

Os consumidores devem pagar suas dívidas o mais rápido possível. O Procon-SP destacou que a paralisação dos funcionários das agências não inviabilizará as cobranças bancárias. A orientação é que os clientes entrem em contato com empresas e concessionárias de serviços e solicitem outras formas e locais para pagamento. A obrigação do credor é de oferecer alternativas para que os pagamentos sejam efetuados. O pedido deve ser documentado por e-mail ou pelo número de protocolo.

As contas de consumo, tributos e outras podem ser pagas pelos sites dos bancos ou nos caixas eletrônicos. 




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