Acostumada a revelar os segredos da música clássica para o público infantil, a atriz Andréa Bassitt, que interpreta Operilda (ela fazia o espetáculo Aprendiz de Maestro), resolveu pesquisar como o estilo se desenvolveu no Brasil. E sabe o que descobriu? Que nossa música erudita (como também é conhecida) é muito especial e diferente da feita em outras partes do mundo.
A música clássica brasileira, que começou no século 17, é única porque mistura influências indígenas, africanas e europeias e usa a natureza e o folclore como inspiração. "Está muito ligada a nossa música popular", diz Andréa.
As descobertas da atriz transformaram-se no espetáculo Operilda na Orquestra Amazônica, em cartaz no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil, em Sampa. A peça tem direção de Regina Galdino e conta com a participação de seis músicos.
Na trama, Operilda ganha da Tia Opereta o livro mágico Livrildo. Com a ajuda dele, a personagem e o público conhecem obras e compositores brasileiros, como Villa-Lobos, Chiquinha Gonzaga, Carlos Gomes, entre outros. Para Andréa, uma das curiosidades mais bacanas presente no espetáculo é que Alberto Nepomuceno (1864-1920) foi o primeiro a usar um reco-reco (instrumento popular) na orquestra!
Operilda na Orquestra Amazônica está em cartaz aos domingos, às 11h, no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Álvares Penteado, 112, tel.: 3113-3651), em São Paulo. Ingresso: R$ 3 e R$ 6. Até 28 de julho.
Saiba mais:
Chiquinha Gonzaga (1847-1935) foi pianista, compositora e a primeira mulher a reger orquestra no Brasil. Uniu a música clássica com a popular.
Heitor Villa-Lobos (1887-1959) é um dos maiores compositores brasileiros. Suas obras representam as florestas, animais e paisagens do País.
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