Economia Titulo Alimentação
Fim de férias deixa cesta R$ 10 mais cara

Açúcar e arroz fazem com que consumidor
gaste R$ 361 para encher o carrinho do supermercado

Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
11/02/2011 | 07:30
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As férias escolares acabaram e junto terminou também a trégua dos preços da cesta básica no Grande ABC. Os itens que tiveram redução durante o mês de janeiro, por conta de promoções e do baixo consumo no período, sofreram alta de 2,58%, fazendo com que o consumidor gastasse nesta semana R$ 361,59, exatos R$ 10 a mais do que no fim do mês passado, para encher o carrinho.

Além da pressão de produtos como a carne e hortifruti, arroz e o açúcar foram os grandes vilões do período. O açúcar, por exemplo, teve alta de 13% e já custa mais do que o feijão nas prateleiras de muitos supermercados do Grande ABC.

"O açúcar foi subindo aos pouquinhos, mas aumentou bem. Só não está mais caro porque começamos a cotar outros produtos mais baratos para ter ideia melhor do valor médio do item", diz o engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) e autor da pesquisa, Fábio Vezzá de Benedetto.

Para ele, o valor médio do item só dará descanso ao bolso do consumidor em maio, quando nova safra chegará ao mercado. "Esta é uma época onde os estoques estão mais baixos. No ponto de vista de oferta, a melhora acontece em maio, mas mesmo assim não há garantias porque está subindo muito rápido", avalia.

O arroz também foi outro que pesou no orçamento fim nesta semana. Com preços muito baixos neste início do ano, o grão teve reajuste de 15% dos supermercados do Grande ABC e a expectativa é de novas altas em breve.

Segundo nota do Ministério da Agricultura, o governo deve iniciar leilões de arroz e aquisição de sacas para aumentar o preço médio do produto, que está sendo comercializado abaixo do valor médio do mercado. A medida, apesar de influenciar diretamente no bolso do consumidor em curto prazo, deve evitar altas como a do feijão no ano passado, que prejudicou, inclusive, o plantio do produto. "Essas medidas garantem o bom preço para o produtor, porque estamos em momento de entrada de nova safra e, por conta disso, a oferta vai aumentar ainda mais. A tendência é chegar num ponto de equilíbrio para não quebrar o produtor, mas para também não impactar na inflação, porque o arroz é um produto importante na mesa", ressalta Benedetto.

HORTIFRUTI - A volta às aulas e a necessidade de lanches para os pequenos também deixaram os produtos do sacolão mais caros. Tomate foi o item que mais sofreu com o clima e custa 44% mais nesta semana, com valor médio de R$ 3,52 o quilo. Vale lembrar que no mesmo período do ano passado, o produto era encontrado por R$ 5 nas prateleiras. "O calor e a umidade são horríveis para o fruto e é uma época difícil de plantar, cultivar e de colher", atesta o engenheiro.

A laranja, que está em falta no mercado internacional, também dificulta a feira da dona de casa, que paga, em média R$ 2,30 pelo pacote. Alface e rúcula também sofrem com o tempo quente e saem por cerca de R$ 1,69 o maço.




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