Cuba anunciou ter perdido em 2009 1,1 bilhão de dólares em sua indústria turística, devido ao embargo que os Estados Unidos impõem há meio século e à proibição de viagens de norte-americanos à ilha, segundo uma autoridade oficial.

A diretora de Relações Internacionais do Mintur (Ministério do Turismo) Carmen Casals, afirmou que, deste montante, 1,03 bilhão de dólares correspondeu à restrição de viagens, pois estima-se que no ano passado 1,5 milhão de norte-americanos teria visitado a ilha comunista se não houvesse proibição.

A funcionária, citada pelo jornal oficial Granma, disse que a cifra foi calculada com base na estimativa de que 15% dos 13 milhões de turistas norte-americanos que visitam o Caribe viajariam a Cuba.

Os americanos são proibidos por lei a visitar a ilha socialista há quase meio século, com exceção de um curto período sob a presidência de Jimmy Carter, no fim dos anos 1970. Acadêmicos, cientistas, artistas, atores e religiosos podem fazê-lo com uma licença especial.

A votação, no Comitê de Relações Exteriores da Câmara de Representantes, de uma lei que permitiria as viagens de americanos a Cuba foi adiada indefinidamente em setembro pelos legisladores dos EUA.

O turismo de massa foi uma das formas encontradas para contornar a crise econômica. Cuba é um arquipélago formado por mais de 1.500 ilhas. Além dos monumentos históricos da capital Havana, a ilha comandada por Fidel Castro conta com resorts luxuosos em Varadero, no Mar do Caribe.