Esportes Titulo Ramalhão
Santo André recria
forças para recomeçar

Na reapresentação de Carlito Arini, time de Sérgio Soares
promete vida nova na Série B do Campeonato Brasileiro

Nelson Cilo
Do Diário do Grande ABC
14/09/2010 | 09:21
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O Paraná que se cuide, às 21h de hoje, no Estádio Bruno Daniel, na frente do Santo André, ferido pela zona de rebaixamento. Na reapresentação de Carlito Arini, que volta ao clube como superintendente de futebol, o time de Sérgio Soares promete vida nova na Série B do Campeonato Brasileiro.
Era como se Arini, a comissão técnica e os jogadores simbolicamente assinassem o pacto da reabilitação na palestra na manhã de ontem no vestiário. O encontro durou duas horas e serviu para que todos refletissem na dinâmica de grupo sobre a péssima campanha que ainda mantém a equipe no bloco de risco.
À tarde, Arini subiu diversos degraus das arquibancadas para ver, solitário e compenetrado, o coletivo que iria definir os titulares do confronto desta noite.
"A palavra comprometimento resume tudo aquilo que sugeri aos atletas no meu retorno. Conheço cada um deles. Afinal, montei pelo menos 90% do elenco atual. Não diria que a nossa conversa teve um tom light. Em síntese, pedi que a gente zere o passado e recomece tudo. Olhamos olho no olho. Nos cobramos mutuamente. Assumimos a cumplicidade que as atuais circunstâncias nos impõem. Mas lembrei a eles não podemos fugir de nossa responsabilidade. Que seria inútil, enfim, apenas dialogar se perdermos no dia seguinte. O futebol só depende de resultados. Não há nada que mude isso", exemplificou Arini, que terá o diretor executivo Antônio Carlos Moreno como colega de comando. Juraci Catarino segue como supervisor.
A exemplo de Arini, que procurou tocar direto no ego do elenco, Sérgio Soares usou e abusou da palavra ‘atitude' para passar mensagens de otimismo na véspera de outro desafio de quem navega entre os últimos lugares. Segundo ele, basta de recorrer a teorias repetitivas que não conseguiram tirar o Ramalhão do sufoco. "É preciso que a gente coloque o coração na ponta das chuteiras e dê o sangue. Meu discurso parece banal, mas é a nossa realidade. No fundo, algo conta que chegou a nossa hora de reagir. Ou melhor, passou da hora. Só que há tempo de sairmos dessa. Eu ainda confio", avisou.
Mesmo assim, o treinador prega equilíbrio e naturalidade no momento em que o Santo André encara mais um duelo imprevisível na temporada. "Sempre digo a eles que não podemos entrar em desespero. Temos consciência de que o Paraná impõe respeito, mas não vamos nos intimidar em nosso ambiente. Vamos na humildade, tudo bem. Sei que podemos iniciar a nossa reação contra eles."
Sérgio Soares não dá maiores pistas, mas reconhece que não tem muitas opções para mexer na base. Ontem à tarde, observou Toninho e Vitor Hugo na zaga, além de revezar Denis e Anderson Barros na lateral esquerda. Na direita, manteve Cicinho. No quadrado, atuaram Wendel, Walker, Aloísio e Pio. No sistema ofensivo, Nando e Anderson Gomes.

Alê sai e João Henrique chega

No mesmo dia em que o Santo André confirmou a transferência do volante Alê para o Atlético-MG, o clube apresentou o meia João Henrique, 27 anos, no Estádio Bruno Daniel. O mais novo reforço da lista do técnico Sérgio Soares estava no Náutico, mas os direitos federativos pertencem ao Coritiba. "Considero meu ciclo encerrado no futebol paranaense. Estou aqui para ficar. Quero aproveitar a vitrine que o Santo André agora me oferece. Não sou daqueles que chegam só para completar o grupo. Vou brigar lealmente pelo meu espaço. Já imaginaram se eu dissesse o contrário? Que não quero a posição de titular", perguntou João Henrique durante a entrevista coletiva de ontem à tarde à imprensa regional.

O baixinho, de 1,67 m, contou que teve dois bons momentos na carreira: no começo de 2008, conseguiu se destacar pelo Coritiba no Paranaense. Na mesma temporada, transferiu-se para o Botafogo (SP). Marcou exatos 11 gols em defesa da equipe de Ribeirão Preto. No entanto, ele admite que não tem faro de artilheiro. "Não é o meu forte. Às vezes, estou lá e confiro na área. Se é para batalhar, é comigo mesmo. Sou do tipo clássico, que se movimenta o tempo todo e participa da ligação", disse.

Alê já havia se despedido no fim de semana para dar as caras no Atlético-MG. O superitendente Carlito Arini manteve as bases em sigilo. Mas, para liberar o volante, dono dos próprios direitos, o Santo André irá receber um percentual.

 

 

 




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