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Secretária garante presença de médicos no pronto-socorro
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
14/09/2010 | 07:33
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Em entrevista concedida ao Diário ontem, a secretária de Saúde de Diadema, Aparecida Pimenta, afirmou que o Pronto-Socorro Municipal não sofre com a carência de médicos.

Segundo Aparecida, são atendidas cerca de 500 pessoas por dia, e 66 médicos estão em atividade. Apesar do salário de até R$ 12 mil, a rotatividade é grande e é difícil manter os profissionais atuando na rede por muito tempo.

Além das queixas sobre falta de profissionais, a população também questiona a demora no atendimento de consultas, que pode chegar a até cinco horas. Aparecida explica que o atendimento na rede pública é feito pelo sistema de Classificação de Risco, que organiza a fila de espera de acordo com a gravidade do caso. Portanto, o atendimento não é seguido por ordem de chegada.

"É difícil para as pessoas entenderem como é feita essa escala e por isso muitas vezes se revoltam. Como só temos dois hospitais municipais que atendem emergências, temos de atender primeiro os casos de maior complexidade que oferecem risco de morte."

RECURSOS
Para a secretária, um dos entraves que impossibilita a melhora dos atendimentos emergenciais na cidade é a falta de recursos por parte do governo estadual. No entanto, a Secretaria de Saúde do Estado contesta o valor informado pela secretária.

Em 2009, a verba aplicada na área da Saúde da cidade foi de R$ 220 milhões. Deste montante, R$ 900 mil foram repassados pelo Estado, que corresponde pelo fornecimento de remédios e a manutenção do Hospital Estadual do Serraria. Portanto, segundo a secretaria, são 25% são financiados pela União, 75% pelo município e 1% pelo Estado. "Os únicos serviços de emergência e urgência com atendimento 24h são os criados pelo município. Quem acompanha as filas nos corredores diz que a Prefeitura é responsável, quando na verdade nós também estamos sendo penalizados.

Temos insistido junto ao Estado por maior apoio financeiro, mas não temos avanços. A solução não está aqui".

Os problemas para transferir enfermos que aguardam internação e procedimento cirúrgicos também agravam a situação da saúde em Diadema. "Precisamos de retaguarda para agilizar a transferência do paciente a outro hospital. Enquanto isso, ele precisa aguardar", explicou.




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