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TRE julga Volpi por compra de votos na terça
Raphael Di Cunto
Especial para o Diário
16/07/2010 | 09:03
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O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) julga terça-feira o prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), e o vice Ednaldo de Menezes, o Dedé (PPS), por suposta compra de votos nas eleições de 2008.

Também vão a julgamento o 1º suplente do PPS, José Nelson da Paixão, e o vereador José Vicente de Abreu (PR). Todos se declaram inocentes.

O processo, aberto uma semana antes do pleito em 5 de outubro, partiu de denúncia do candidato derrotado Luiz Carlos Grecco (PP), que disputava como vice na chapa de Valdírio Prisco (PSDB).

"Foram espalhadas pelo município algumas listas com nomes de eleitores que, depois de prometerem voto ao prefeito, recebiam benefícios e valores entre R$ 45 e R$ 50", relatou Grecco.

Para o advogado de Volpi, Alexandre Coelho, a ação dos adversários teve intenções "políticas". "As provas alegadas (pela acusação) eram na verdade propaganda eleitoral da coligação. Tanto é que a Justiça nos deu ganho de causa em primeira instância", afirmou.

Grecco, porém, diz que dessa vez o MP (Ministério Público) colheu provas suficientes para incriminá-los. "Foi evidente o que aconteceu durante a campanha. O método foi o mesmo da eleição de 2004, quando também houve compra de votos", acusou.

Coelho desqualifica as novas provas. "No decorrer do processo, eles tentam juntar declarações de outros inquéritos. E uma família de testemunhas admite que forjou a compra de votos em favor dos acusadores", afirmou o advogado.

Vicentinho, por outro lado, diz nem saber do julgamento. "Fui chamado no fórum na época, mas nem cheguei a depor. Como não fui notificado de nada, acho que fui excluído do processo", alegou.

Para Paixão, a representação teve o objetivo de atingir sua coligação. "Não tinha nem dinheiro para a campanha, como ia comprar voto?", argumenta. O suplente diz que também não realizou acordo com a Justiça e que está tranquilo.

Outros casos - A eleição de 2008 em Ribeirão Pires teve outros casos de suposta compra de votos que resultaram, inclusive, na cassação do mandato do vereador Koiti Takaki (PV) no começo deste ano.

O parlamentar garantiu a permanência no cargo até julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre o assunto. "Não há provas no processo. Só declarações verbais de testemunhas que eram ligadas a adversários políticos", pontuou.

Por outro lado, o ex-vereador Gilson Hamada (PSB), fez acordo com a Justiça para arquivar o processo. Apesar disso o socialista alega inocência. "Aceitei por um simples motivo: não sou mais candidato a nada", disse ao Diário na época. Pelo acordo, Hamada não é mais o 1º suplente do partido e só pode concorrer novamente nas eleições de 2014.

 




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