Depois de fracassar na Copa Libertadores, o Corinthians obteve duas vitórias no Campeonato Brasileiro diante do Atlético-PR (em casa) e do Grêmio (no Olímpico). Os dois primeiros resultados favoráveis poderiam credenciá-lo como favorito diante do Fluminense, às 16h de hoje, no Pacaembu. Também serviriam de bons pretextos para que a Fiel e o Timão selassem a paz abalada pelo recente vexame no torneio sul-americano. Surgiu a trégua, mas persistem as desconfianças. Uma parte da torcida mantém as veladas cobranças. O técnico Mano Menezes e alguns jogadores, como Ronaldo, permanecem na mira de uma das revoltadas e prontas a explodir nunca se sabe quando.

É possível que um simples tropeço traga de volta ao clube as habituais turbulências que tumultuam o ambiente no Parque São Jorge. Ronaldo é um dos alvos da volubilidade que invade as arquibancadas. No entanto, o Fenômeno, livre das lesões musculares na duas coxas, retorna e assume a responsabilidade no sistema ofensivo do Alvinegro. Ele substitui Souza, que marcou dois gols nas primeiras rodadas. Na sexta-feira, Ronaldo ganhou votos de confiança do comandante. "Ele viveu momentos complicados. Isso acontece na carreira de muitos jogadores. Só que o potencial de reação (psicológica) dele é algo exemplar. Sei que o time o vê como referência e tem tudo para evoluir junto", prevê.

Como sempre, Mano passou a Dentinho a tarefa de municiar Ronaldo nos lances de área, mas Elias também terá liberdade para ditar o ritmo no meio-campo e chegar como elemento-surpresa na frente. Jucilei é um dos expedientes de aproximação. Além disso, o atual sistema de Mano deve se utilizar ao máximo de Roberto Carlos nos avanços ou mesmo nas cobranças de faltas.

Na opinião de Mano, é preciso ficar atento ao estilo de um adversário acostumado a explorar a velocidade nos contragolpes. Segundo ele, o rival carioca já evolui nas mãos de Muricy Ramalho. "Não é apenas contra o Fluminense. Acho que teremos outro campeonato bem equilibrado", alerta Mano.

O ala-direito Alessandro e o meia Danilo (poupado) estarão ausentes. O argentino Defederico, aparentemente fora dos planos, senta no banco de reservas. Os dirigentes falavam em colocá-lo no Exterior, mas ele terá novas chances para reprisar as atuações dos tempos de Huracán. (com Agências)