O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo julga hoje o recurso da defesa de Eliana e João Alexandre Rodrigues - acusados de matar , esquartejar e queimar o corpo dos irmãos Igor Giovanni e João Vitor Rodrigues, de 12 e 13 anos - para que o casal não seja levado a júri popular. O crime aconteceu em Ribeirão Pires, há um ano e sete meses. Com a ajuda de Eliana, a madrasta, o pai, João Alexandre, teria decidido cometer o assassinato devido às constantes brigas dela com seus filhos.

Caso o recurso seja negado pela Justiça, ainda será necessário que o tribunal julgue a apelação da defesa de Eliana,para que ela não seja acusada de crime de tortura. Porém, ainda não há data para o julgamento deste recurso. Somente a partir daí será possível ao Fórum de Ribeirão Pires definir quando o casal será levado a júri popular. Se considerados culpados pelos crimes de duplo homicídio e ocultação de cadáver, eles poderão ser condenado a até 30 anos de prisão.

O CRIME - Na madrugada de 6 de setembro de 2008, um lixeiro encontrou pedaços de corpos embaladas em sacos de lixo na Rua Cândido Mota, na Vila Aurora, onde vivia a família.

O caso chamou a atenção de guardas-civis municipais, que se lembraram de dois irmãos que, dias antes, haviam procurado uma base da corporacão, alegando que a madrasta os expulsara de casa.

A polícia foi então à casa da família. Lá, Eliana alegou que os irmãos não haviam voltado da escola. Manchas de sangue e marcas de fogo no quintal, porém, chamaram a atenção do investigadores, que prenderam Elaina. Ela então acusou o marido, e afirmou que teria apenas ensacado os corpos. Primeiro, João Alexandre negou participação no crime, mas depois confessou o seu papel no assassinato.