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Festival gratuito traz atrações internacionais
Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
07/03/2010 | 07:03
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Começa amanhã a 3ª edição do Festival Ibero-americano de Teatro de São Paulo, com organização da Fundação Memorial da América Latina.

O evento, que vai até o dia 14, apresenta 15 grandes espetáculos com entrada franca. Nove países participam desta edição: Cuba, Portugal, Espanha, Brasil, Argentina, Peru, Uruguai, Colômbia e México.

Uma mostra paralela, também gratuita, remonta aos tempos do circo-teatro, em lona montada no Memorial, com apresentações de clássicos do gênero, entre eles A Canção de Bernardete, O Ébrio e Marcelino Pão e Vinho.

"O circo ficará perto das outras atrações e queremos que a pessoa circule pelo espaço todo. Ele é importante na história do teatro. O mambembe, os saltimbancos, tudo contribuiu para a história teatral", conta Fernando Calvozo, criador e coordenador do evento.

As atrações teatrais contemplam opções para o mais diverso público. Lima Duarte - que faz curadoria do evento junto com Paulo Betti e a diretora teatral Elvira Gentil - apresenta na abertura, amanhã, às 21h, o monólogo O Ator, escrito por Chico de Assis. O texto funciona mais como um bate-papo que recai para a ficção, rememorando os grandes momentos do astro.

Denise Fraga encena a bem-sucedida Alma Boa de Setsuan, no mesmo dia, às 21h30.

De clássicos, há apresentação de Sonhos de Uma Noite de Verão, de William Shakespeare, da Cia. Rotunda, de Campinas, Final de Partida, do irlandês Samuel Beckett, interpretado pela Cia. Argos Teatro, de Cuba, e As Troianas, inspirado na tragédia grega de Eurípedes e encenado pela Cia. Núcleo Experimental.

Além, é claro, de muito teatro contemporâneo realizado nos países que participam da mostra. Entre eles Tom Pain - Uma Obra Baseada em Nada, remontagem mexicana para o texto do dramaturgo norte-americano Will Eno, que pretende propiciar uma atmosfera intimista e criar empatia entre ator e público.

O personagem Tom Pain, um cidadão comum, passa o espetáculo descalço sobre um imenso bloco de gelo, que vai derretendo enquanto ele desnuda as intimidades do seu cotidiano e faz a plateia rir da miséria que é sua vida.

Mesas de debate estão previstas para as tardes do festival. Temas como escolas de teatro e as tendências da dramaturgia ganham o coro e a experiência de profissionais como a atriz Lígia Cortez, o diretor Rodolfo Garcia Vasques e Glória Ley, professora e diretora teatral do Uruguai.

O dramaturgo Chico Assis, no dia 13, oferece oficina gratuita sobre sua área.

"No que diz respeito à diversidade da programação, tentamos trazer produções sem apelo comercial, mas que usem grandes textos - clássicos ou contemporâneos - para contemplar um teatro de valor, de peso", afirma Calvozo. Ele complementa que os frutos de ações como essa ultrapassam as barreiras tupiniquins. "O grande ganho do festival é o intercâmbio promovido entre os artistas dos países que participam da mostra. Eles trazem uma bagagem importante para os que estão aqui, como nós também acrescentamos a eles. E sempre existem grupos brasileiros que recebem convite para intercambiar lá fora."

Informações sobre a programação podem ser obtidas no site www.memorial.sp.gov.br ou pelo telefone 3823-4600.




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