Política Titulo Pré-campanha
Ato põe governáveis tucanos lado a lado
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
06/03/2010 | 08:12
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Na cerimônia de posse de Clóvis Volpi à frente da presidência do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), sentou-se entre os dois principais nomes do PSDB para disputar o governo do Estado nas eleições de 3 de outubro. Do lado esquerdo do petebista, o secretário de Desenvolvimento e ex-governador Geraldo Alckmin; do lado direito, o responsável pela Casa Civil e ex-vice-governador, Aloysio Nunes Ferreira. Ambos, porém, mantiveram a indefinição tucana no quesito sucessão.

Após o cumprimento formal obrigatório, os dois secretários estaduais do governo José Serra (PSDB) praticamente não se falaram. Em alguns momentos, Aloysio trocava palavras ao pé do ouvido com o prefeito de Ribeirão Pires. Em outros instantes, era a vez de Alckmin confidenciar-se com Auricchio.

Pelo protocolo de praxe do cerimonial, o ex-governador falou na tribuna antes do chefe da Casa Civil. Aloysio representava oficialmente o governador Serra e fechou o encontro, que reuniu deputados estaduais, federal, prefeitos, secretários municipais e vereadores.

Alckmin, assim como Aloysio, reconheceu a importância do Consórcio regional, agora de natureza pública, mas saiu do foco quando começou a elencar algumas obras ou equipamentos públicos do governo do Estado no Grande ABC: 18 piscinões e os hospitais Mário Covas, em Santo André, e o Estadual de Diadema, mais conhecido como Serraria.

A tentativa de uma pré-campanha camuflada seria mais tarde percebida pelo seu adversário. "O Alckmin fez um pequeno balanço das benfeitorias do governo na região, mas esse não é o momento. Isso será feito na ocasião certa", rebateu Aloysio, durante sua fala - o mais longo de todos os pronunciamentos.

No término da cerimônia e após rápida sessão de fotos com autoridades e agregados, o chefe da Casa Civil seguiu para compromisso na Prefeitura de São Paulo. Ele não falou com a imprensa, diferentemente de Alckmin. Indagado se na mesa estava sentado o pré-candidato do PSDB para governador, o tucano, mais uma vez, saiu pela tangente. "Primeiramente vamos resolver o quadro nacional. Depois, definiremos o nome que representará São Paulo", afirmou, sem dar nenhuma dica que quem será o escolhido.

Sobre a dobrada dos governadores Serra e Aécio Neves (Minas Gerais), respectivamente, pré-candidato a presidente e vice para sucessão de Luiz Inácio Lula da silva, Alckmin avaliou laconicamente como "muito boa".




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