Os preços dos imóveis usados anunciados mostraram desaceleração no primeiro trimestre deste ano. Pesquisa realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), em parceria com o site Zap Imóveis, mostra que o valor do m² (metro quadrado) no País teve, em média, alta de apenas 2,7% nos três primeiros meses de 2013 - a menor variação desde 2010. Santo André, São Bernardo e São Caetano tiveram índices ainda menores no período: de 1,5%, 1% e 1,7%, respectivamente.

Depois do boom imobiliário dos últimos anos, em que fatores como a expansão do emprego e da renda e o crescimento do crédito para a compra de moradias ajudaram a tornar o segmento mais valorizado, neste ano, o ritmo dos aumentos diminuiu, apontam os especialistas. "Os preços continuam subindo, mas não têm mais a força que tinham", assinala o coordenador da pesquisa, o economista da Fipe Eduardo Zylberstajn.

Ainda segundo o índice Fipezap, em março, os valores subiram mais que em fevereiro. Em São Caetano, por exemplo, o m² teve alta de 0,9%, bem mais que o índice de 0,1% (praticamente estabilidade) observado no município no mês anterior, e em relação a janeiro. Apesar disso, "o mercado está mais calmo", salienta o economista.

Zylberstajn afirma que é pouco provável uma nova explosão de preços, como ocorreu na última década, mas também não deve haver queda acentuada. "O patamar atual não parece incompatível com o nível de renda e crédito", observa.

VALORES - São Caetano fechou o trimestre na liderança no ranking do preço médio do m² da região, com R$ 4.809. Na comparação com outras cidades do País, é mais do que o valor em Florianópolis (R$ 4.620) e em Porto Alegre (R$ 4.403). Santo André aparece com R$ 4.152, acima do registrado em Salvador (R$ 4.094). Em São Bernardo, na média, o m² sai por R$ 3.966. O campeão nacional segue sendo o Rio de Janeiro (R$ 8.941). A capital paulista é a terceira, atrás de Brasília, com R$ 7.040.