Retomando integralmente a atuação como articulador político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostra mais uma vez sua condição de líder do petismo ao dar sobrevida ao ex-prefeito de Osasco Emídio de Souza no PED (Processo de Eleição Direta), que será realizado em novembro para eleger o próximo presidente estadual do PT.

Lula já demonstrou sua força no partido ao indicar a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff para disputar a presidência da República em 2010 e levar o ex-ministro da Educação Fernando Haddad para concorrer à prefeitura da Capital. O petista participou ativamente da campanha eleitoral de Dilma e Haddad, sendo decisivo para a vitória de ambos.

Emídio disputa a condição de ser indicado para o PED com o deputado federal Vicente Cândido, que era visto como nome certo para comandar o PT de São Paulo, mas perdeu capilaridade após a intervenção de Lula.

Lula defende que ex-comandante do Paço de Osasco seja o sucessor de Edinho Silva no comando da sigla, com vistas para a eleição ao governo do Estado em 2014, quando os petistas pretendem acabar com a hegemonia tucana de 20 anos no Palácio dos Bandeirantes.

O posicionamento do ex-presidente tem movimentado os bastidores do petismo, com algumas alas do partido, que se mostram contrárias à posição de Lula.

Durante reunião realizada em São Bernardo na quarta-feira da semana passada, em que Cândido pleiteou o apoio de lideranças petistas, dentre as quais o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, o nome do deputado só não foi retirado do páreo interno para evitar conflitos dentro do PT.

Diante desse cenário, a definição sobre o indicado petista ao PED sairá por meio do diálogo da comissão formada por Emídio e Lula com algumas alas petistas, como a CNB (Construindo um Novo Brasil), Novo Rumo e PTLM (PT de Lutas e Massas).