Política Titulo REFORMA SEM PRAZO
Cine Carlos Gomes sob tutela de audiência pública

Sem projeto efetivo, equipamento andreense fica de novo à deriva; reunião dia 5 discutirá propostas de restauração

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
01/04/2013 | 07:31
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A reforma do Cine Teatro Carlos Gomes, no Centro de Santo André, continua à deriva. Após concentrar de forma intensa a pauta na campanha eleitoral, a retomada do espaço não tem prazo de conclusão. Até agora, o governo Carlos Grana (PT) não possui projeto concreto para reativar o equipamento histórico municipal. Diante do cenário, a administração petista realizará audiência pública dia 5 no Paço para tratar sobre a definição do futuro da unidade cultural.

A participação popular para a efetivação dos trabalhos no Carlos Gomes, entretanto, não é novidade. Em agosto do ano passado, movimentos culturais lotaram o plenário da Câmara para debater a questão em audiência semelhante, conduzida pela bancada do PT. Sete meses depois dessa primeira reunião, nada saiu do papel, nem ao menos a formulação de proposta para a revitalização do espaço, hoje completamente deteriorado, o que indica em demora por sinais de reparos significativos.

O prefeito garantiu que participará da audiência com representantes da sociedade civil. O secretário de Gabinete, Tiago Nogueira (PT), defende que a gestão municipal possui projeções para uso do local que serão apresentadas no encontro para tornar o espaço multiuso. "De qualquer forma, queremos dialogar com a população", disse, ao completar que a obra será realizada em sintonia com a comunidade artística e com produtores culturais de Santo André.

A principal crítica de Tiago Nogueira é que o governo Aidan Ravin (PTB) não deixou recurso no Orçamento de 2013 para consolidar a reforma. Em contrapartida, segundo o secretário, a gestão Grana fará esforço necessário para viabilizar o restauro do antigo teatro. "A ideia é torná-lo uma das peças fundamentais do processo de revitalização do Centro da cidade, a qual queremos viabilizar um grande corredor cultural."

A discussão sobre a reforma ocorre desde dezembro de 2011 e que gerou polêmica por ser executada sem o devido conhecimento e aprovação do Comdephaapasa (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André).




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