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Finalmente, CPI do Conselho faz agenda em Diadema

Passadas semanas da criação no município, grupo
marca a primeira reunião oficial para segunda-feira (05)

Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
02/10/2009 | 07:36
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A primeira reunião dos cinco integrantes da CPI do Conselho Tutelar de Diadema foi marcada para o dia 5, às 14h, na Câmara, quase um mês depois de sua instauração. A convocação foi feita ontem pelo presidente da comissão, Lauro Michels (PSDB).

No entanto, o tema do encontro deverá ficar restrito a questões políticas, como a escolha do relator, considerado peça-chave no processo de investigação. Dentro de uma CPI, é o relatório final, contendo tudo o que foi apurado, que é submetido à votação dos vereadores. Ao governo interessa ter um aliado na função, para evitar que a conclusão seja negativa. Do outro lado, por motivos óbvios, a oposição também luta pelo cargo.

A CPI do Conselho Tutelar, formada por cinco parlamentares, tem maioria governista: Orlando Vitoriano (PT), José Antônio da Silva (PT) e Regina Gonçalves (PV), além dos oposicionistas Lauro Michels (PSDB) e Wagner Feitoza, o Vaguinho do Conselho (PSB).

Segundo a vereadora Cida Ferreira (PMDB), vereadora que está no sexto mandato, o relator deve ser apontado pelos integrantes. "Pelo Regimento Interno, quem decide é a comissão", disse a parlamentar, que integra a bancada de sustentação, durante discurso na tribuna.

A versão da peemedebista vai contra a teoria do presidente do Legislativo, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), segundo a qual o relator seria escolhido pelo critério da proporcionalidade. Neste caso, ficaria com o PT, única sigla com dois representantes na comissão. Maninho defende a nomeação de Orlando Vitoriano. Ontem, no entanto, o presidente não estava no plenário no momento em que a polêmica foi levantada.

Com a experiência de outras comissões na Câmara, Cida mostrou descontentamento. "Sei que fizeram de tudo para o PMDB ficar de fora. Mas que o presidente (da comissão, Lauro Michels) tenha pulso firme e traga todas as pessoas necessárias para apuração dos fatos", recomendou.

E Lauro já adiantou o primeiro nome: Joel Fonseca (PT), superintendente da Fundação Florestan Fernandes, entidade ligada à Prefeitura e que teve três candidatos inscritos no processo eleitoral do Conselho Tutelar.

A comissão irá investigar o polêmico pleito, que elegeu no dia 26 de julho, dez conselheiros tutelares. A votação foi eletrônica e apresentou série de problemas nas urnas, inclusive nos resultados finais que constavam nos boletins.




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