O nível de emprego na indústria caiu 0,1% em junho, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar de ser a nona desaceleração consecutiva do indicador, foi a queda menos intensa em oito meses. Com esse resultado, o índice acumula decréscimo de 5,1% no primeiro semestre.

Em relação a junho de 2008, houve retração de 6,6% – a sétima taxa negativa seguida. Nos últimos 12 meses, o índice registra retração de 1,9%.

Na comparação entre meses de junho, todos os locais e 16 dos 18 setores reduziram o contingente de trabalhadores. São Paulo (-4,6%), Minas Gerais (-11,0%), que representam cerca de 47% do pessoal ocupado na indústria, região Norte e Centro-Oeste (-10,6%) e Rio Grande do Sul (-8,9%) exerceram as pressões negativas mais significativas.

Na análise por segmento, os principais impactos negativos foram: meios de transporte (-11,6%), máquinas e equipamentos (-10,6%), produtos de metal (-11,2%) e calçados e artigos de couro (-11,7%). Em sentido contrário, papel e gráfica (8,7%) e fumo (0,7%) exerceram impactos positivos.

Horas pagas e folha de pagamento – De acordo com o IBGE, o número de horas pagas aumentou 0,5% em junho, ante o mês anterior, interrompendo a sequência de oito resultados negativos (período em que acumulou perda de 8,2%). Já em relação ao mesmo mês do ano passado, houve retração de 6,9%, oitava desaceleração seguida. Neste ano, a queda acumulada é de 5,8%.

Já a folha de pagamento real caiu 1,7% em junho, em relação ao mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2008, o decréscimo foi de 2%. No acumulado do ano, o indicador diminuiu 1%.