Economia Titulo Relação internacional
Schmall assume presidência da Câmara Brasil-Alemanha
Gilmara Santos
Do Diário do Grande ABC
26/03/2013 | 07:28
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Thomas Schmall, presidente da Volkswagen do Brasil, assumiu ontem a Câmara Brasil-Alemanha para mandato de dois anos. Entre as metas está trazer investimento de empresas alemãs para o País, com foco em inovação e competitividade. "O Brasil é hoje um país que exporta muito, mas principalmente commodities. Precisamos transformar parte deste volume em produtos industrializados", declarou Schmall.

O executivo comentou ainda que a unidade paulista da Câmara - presente também no Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife - está entre as mais importantes do mundo em faturamento. Hoje 1.400 companhias de capital alemão atuam no País, empregam 250 mil pessoas e são responsáveis por 10% do PIB industrial.

O presidente da entidade destacou ainda que o Brasil vive um momento de expansão e a tendência é que esse crescimento continue para os próximos anos, especialmente porque a Europa ainda sofre os reflexos da crise. Mas os alemães, com sua economia menos afetada com os abalos financeiros, seguem investindo e em busca de novos mercados. Neste contexto, o Brasil pode ser bastante beneficiado. "Inovação e tecnologia garantem o sucesso da Alemanha, mesmo com toda a crise. E as empresas alemãs estão abertas para contribuir com o Brasil", disse Schmall.

Para se ter ideia, os investimentos mais recentes de companhias alemãs no Brasil somam mais de 5,3 bilhões de euros (cerca de R$ 13,7 bilhões, com euro a R$ 2,59). O maior deles é o da Volkswagen, que vai aportar 3,4 bilhões de euros (ou R$ 8,7 bilhões) até 2016. As duas maiores empresas alemãs, em vendas, têm unidades na região. Volkswagen e Mercedez-Benz lideram ranking das 12 principais companhias daquele país com representação no Brasil.

Nem mesmo o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro decepcionante - em 2012, economia nacional cresceu apenas 0,9% - reduziu o interesse de pequenas e médias empresas em investir aqui. Desde 2010, 300 firmas de menor porte se instalaram no País. No entanto, disse Schmall, ainda é necessário resolver problemas como infraestrutura, competitividade e custo Brasil. Entre 2002 e 2012, as exportações brasileiras para a Alemanha cresceram 186%, mesmo considerando o resultado do ano passado, que teve queda de 18,9% em relação a 2011, reflexo da crise. Nos últimos dez anos, as importações, por sua vez, cresceram 194%.

 

 




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