Política Titulo Câmara
Pressionado, Temer aceita 'desenterrar' CPI da Aneel
11/07/2009 | 07:33
Compartilhar notícia


Depois de ter sido dada como enterrada, a CPI da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), destinada a investigar os critérios usados pela agência nos reajustes de tarifas de energia elétrica poderá ser reativada. Com todos os representantes dos partidos confirmados - alguns por indicação dos líderes e outros por nomeação do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP) - o presidente da comissão, Eduardo Da Fonte (PP-PE) quer realizar a primeira reunião na terça-feira, à tarde. "Nessa primeira reunião queremos traçar o roteiro da CPI", disse o parlamentar.

No mês passado, PMDB, PT, PTB, PSDB, DEM, PPS e PR solicitaram a Temer, depois da instalação da CPI, a retirada dos seus indicados para a CPI. Segundo fontes no Congresso, havia um acordo de bastidores para que a CPI só começasse mesmo a trabalhar em agosto. Mas a decisão de Da Fonte de ir ao STF (Supremo Tribunal Federal) para exigir o início da CPI fez com que Temer solicitasse às lideranças que reapresentassem nomes para que a comissão pudesse funcionar.

O PMDB atendeu e enviou ofício com os mesmos nomes de antes. Já o PTB e o PR sinalizaram que o presidente da Câmara poderia nomear os mesmos deputados indicados anteriormente. Mas, no caso dos demais partidos (PT, DEM,PPS e PSDB) como não houve manifestação, coube a Temer fazer as nomeações usando o critério regimental da ordem alfabética.

A relatoria da comissão ficou a cargo do deputado Alexandre Santos (PMDB-RJ). Ao todo, a CPI terá 24 titulares. PT e PMDB terão as maiores bancadas: quatro deputados cada um. Os partidos da base aliada, aliás, terão ampla maioria na comissão, com 17 representantes. O bloco oposicionista (DEM, PSDB e PPS) terá sete deputados titulares.

Nos bastidores, comenta-se que o PT trabalhou para esvaziar a CPI para proteger a Aneel, que hoje está sob o comando de Nelson Hubner, homem de confiança da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;