Economia Titulo Crescimento
Inflação no Grande ABC registra alta de 0,34% em junho

No entanto, elevação é menor do que em maio, quando IPC-USCS atingiu 0,45% devido ao preço do cigarro

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
07/07/2009 | 07:00
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O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) do Grande ABC, realizado pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano), apontou alta de 0,34% em junho. O crescimento, entretanto, foi inferior ao registrado em maio, quando os gastos com despesas pessoais pressionaram o resultado, principalmente devido ao aumento do preço do cigarro.

Em junho, essa alta foi incorporada e os principais responsáveis pelo resultado foram os gastos com alimentação, habitação e vestuário. Na prática, entretanto, os preços não apresentaram grande variação. "Se em maio o consumidor do Grande ABC gastava R$ 100,45 em uma cesta de produtos e serviços, em abril passou a pagar R$ 100,34", exemplificou o assistente de coordenação do IPC-USCS, Lúcio Flávio Dantas.

No caso dos alimentos, que seguiam em deflação, atingindo -0,76% em maio, no mês passado encerraram em alta de 0,29%. O leite tipo longa vida foi um dos que puxaram o resultado. "O produto ficou mais caro devido à entressafra somada à falta de estímulo do setor para aumentar a produção", explicou Dantas.

Há mais de dois anos, segundo o especialista, o litro do produto custava menos de R$ 0,99. Hoje, não se compra por menos de R$ 2,30 o leite das marcas mais tradicionais. "Para se produzir atualmente, o nível de exigência é bem maior. É preciso ter insumos mais elaborados, mecanização e pessoal qualificado na condução do processo", pontuou. De maio para junho, apresentou alta de 12,2%.

Outro item que influenciou na alta da inflação dos alimentos foi a queda menor do preço do feijão, que praticamente representou estabilidade.

Na parte da habitação, o repasse do aumento do salário mínimo paulista, que passou de R$ 450 para R$ 505, estimulou a procura pela manutenção do domicílio, que saltou de 0,24% em maio para 1,32% em junho.

O reajuste dos aluguéis também contribuiu para a elevação de 0,77% do grupo.

Quanto ao vestuário, embora de um mês para outro tenha havido retração, a inflação do segmento segue em alta, passando de 3,12% para 1,47%. "Isso ainda é reflexo da nova estação, que tende a influenciar cada vez menos até a chegada da coleção de primavera", justificou Dantas.

Para julho, portanto, a perspectiva é que o vestuário tenha peso menor. No entanto, a expectativa é que a inflação fique entre 0,35% e 0,40%, devido à alimentação e habitação, que devem seguir em alta.




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