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Denunciante quer enfrentar Cleuza

Rogério afirma ter conhecimento de irregularidades nos contratos de uniformes de S.Bernardo

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
24/03/2013 | 07:06
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O munícipe Rogério e Silva, denunciante do esquema fraudulento para compra de uniformes escolares na cidade de Londrina, no Paraná, onde foram utilizadas atas de preços da Prefeitura de São Bernardo, estará na Câmara na terça-feira para ouvir o pronunciamento da secretária de Educação, Cleuza Repulho, que prestará esclarecimento sobre sua atuação na Pasta.

Rogério espera ter direito à fala durante a exposição de Cleuza para contestar as alegações da Prefeitura diante da licitação dos uniformes escolares para alunos da rede municipal, barrada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) sob suspeita de direcionamento no certame e outras irregularidades.

"O governo não quer refazer o edital com as alterações necessárias e quer derrubar os votos dos conselheiros para comprar (os uniformes) do jeito que (o edital) está. Então, eu gostaria de questionar esse e outros pontos com a secretária", disse.

Com o edital paralisado, cerca de 100 mil alunos da rede municipal de ensino ficarão sem os kits escolares pelo menos até de junho.

Para ter assegurado o direito a questionar a secretária de Educação, Rogério procurou auxílio do líder da bancada do PPS, Julinho Fuzari, que tenta desde o começo do mês colher dez assinaturas para instaurar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Uniformes.

"Estamos solidários com a situação do Rogério, que levou esse caso ao conhecimento público e vamos apoiá-lo para que ele tenha direito à argumentação", considerou Julinho.

Ainda morador de São Bernardo e atualmente desempregado, ele prestou depoimento ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) Núcleo ABC, que investiga desde janeiro os contratos da G8 Comércio de Equipamentos e Representações com o Paço de São Bernardo.

A empresa, que atualmente responde pelo nome de Fio Paraná, é de propriedade de Marcos Divino Ramos e apontada pelo Ministério Público paranaense como integrante de um cartel de fornecedoras de uniformes escolares que fraudava e superfaturava licitações - o empresário foi preso em agosto.

No depoimento ao Gaeco, Rogério relatou como conheceu Marcos, quando participava de APMs (Associações de Pais e Mestres) em São Bernardo entre 2004 e 2009. "Foi em 2006 que conheci o Marcos. Na época, ele tinha laboratório de informática. Ele ainda trabalhou com material esportivo antes de a G8 começar suas atividades", relatou.

 

 




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