Economia Titulo Queda
Cesta básica na região cai R$ 4,55

Em maio, consumidor pagou R$ 328,46 pelos 34 itens da cesta, segundo levantamento realizado pela Craisa

Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
31/05/2009 | 07:09
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O consumidor do Grande ABC pagou menos pela cesta básica em maio. O custo médio do conjunto composto por 34 itens de primeira necessidade, que era de R$ 333,01 em abril, passou para R$ 328,46 neste mês, ou seja, 1,37 % menor. O desembolso foi R$ 4,55 menor, segundo levantamento feito pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

Isso porque todos os grupos apresentaram quedas. Os alimentos industrializados, por exemplo, tiveram queda de 0,59%. O grupo de higiene pessoal, no mês, apresentou baixa de 0,29%; o de limpeza doméstica apontou recuo de 3,71% e o de hortigranjeiros (frutas, verduras e legumes) registrou retração de 3,78% em maio.

Na contramão, o litro do leite longa vida encareceu, sendo o único item que demostrou alta nos preços em maio. Em abril, o produto apresentou alta em torno de 15% na composição do custo da cesta básica mensal; neste mês foi o item cujo preço mais subiu, com alta de 8,04%.

O litro do leite longa vida integral, que custava R$ 1,48 e R$ 1,49, nas médias anuais de 2007 e 2008 respectivamente, foi cotado a R$ 2,12 em média na última semana de maio deste ano.

"As altas nos preços do leite são decorrentes da antecipação da entressafra. Tanto o inverno, quanto a seca, ou ainda o excesso de chuvas prejudicam o pasto. Em consequência, os pecuaristas gastam mais em insumos e rações para o gado leiteiro, a fim de manter a produção", explicou Patricia Oliveira, gerenciadora de commodities da Coop (Cooperativa de Consumo), cuja matriz fica em Santo André.

Ela afirmou que a estratégia para que a alta no preço do leite - item essencial na mesa dos consumidores - não afete diretamente os clientes é a negociação. "Tentamos sempre ter estoques para que esse aumento não faça com que nossos consumidores deixem de comprar".

No caso da carne bovina de primeira, o quilo teve reajuste de 2% neste mês, em comparação com abril. Para Oduvaldo Aparecido Tozei, gerenciador de produtos da Coop, o problema das oscilações do valor da carne está diretamente atrelada a oferta e demanda. "Os frigoríficos querem aumentar o valor. Estamos lutando e negociando para que isso não aconteça. Compramos até uma quantidade menor na última vez por causa do valor. À medida que as exportações crescem e o consumo interno também, o preço se eleva", explicou.

QUEDA - O feijão neste mês apresentou valores em queda de 3,73%. Só neste ano o grão já apresenta desvalorização superior a 18%. Apenas em fevereiro os preços ficaram praticamente estáveis; nos demais meses os preços caíram bastante. O quilo do feijão teve alta e está custando na média R$ 2,40, o quilo. "O arroz também segue essa tendência. Como a colheita foi no início do ano, os estabelecimentos ainda têm estoque do grão, que não deve ficar mais caro; está custando, em média, na região, R$ 8,49 o pacote de cinco quilos", exemplificou Fábio Benedetto, engenheiro agrônomo da Craisa.

Apesar do trigo bastante valorizado no mercado internacional, o preço do pão também teve queda, de 4,23% neste mês. Assim como o do quilo do açúcar (-5,96%), que devido à colheita de cana-de-açúcar a partir de abril, estimulou preço menor para o consumidor final em maio.




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