Quem vai se dar melhor: o Fenômeno Ronaldo ou a revelação Neymar? O matador Kleber Pereira, ou o zagueiro-artilheiro Chicão? O invicto Corinthians ou o Santos, recém-eliminado da Copa do Brasil pelo inexpressivo CSA? São perguntas que começam a ser respondidas hoje, às 16h, na Vila Belmiro, quando inicia-se a decisão do Campeonato Paulista.

A última vez que as duas equipes enfrentaram-se em uma final estadual foi em 1984. Na época, Serginho Chulapa marcou o gol do título santista.

Para ambos os times, vencer será como um ressurgimento. Se erguer a taça, o Timão colocará uma pedra sobre o sofrimento da temporada passada, quando sequer ficou entre os quatro melhores da competição e ainda disputou a Série B do Campeonato Brasileiro.

O Santos viveu situação parecida. Fechou 2008 com a corda no pescoço e se viu muito perto de cair para a Segundona do Nacional e também foi mal no Estadual. Por isso, não quer desperdiçar a chance de se reencontrar com as conquistas para amenizar também a crise financeira.

Os times ainda trazem em comum o fato de terem chegado em desvantagem às semifinais e avançado à decisão com duas vitórias sobre Palmeiras e São Paulo.

O Timão, com melhor campanha do que o Santos (45 contra 43 pontos), joga por dois empates. Para reverter essa vantagem, o Peixe conta hoje com a Vila Belmiro, onde tradicionalmente se impõe. Mas foi lá também que deu o maior vexame dos últimos tempos, ao perder na quarta-feira para o CSA, enquanto o Corinthians apenas treinava para a finalíssima.

O fato é que a briga pelo título começa em clima de alta-tensão. Cercada por vários elementos que indicam mais um capítulo de uma rivalidade iniciada em 1913.