Política Titulo Salário
Servidores de Ribeirão devem ficar sem reajuste

Prefeito alega dificuldade financeira para conceder aumento

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
20/03/2013 | 07:00
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O prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), admitiu ontem que o funcionalismo não deve receber reajuste salarial neste ano. O peemedebista alegou que a Prefeitura não tem condições financeiras de arcar com o custo. A folha de pagamento do município gira em torno de R$ 8,5 milhões por mês.

"Neste ano acho difícil (conceder aumento). Nosso Orçamento está apertado. Estamos estudando. Se tiver possibilidade, daremos", afirmou o peemedebista. O Paço divulgou que herdou R$ 41,4 milhões em restos a pagar, enquanto Clóvis Volpi (PV), antecessor de Saulo, alegou que a dívida deixada foi de R$ 22 milhões.

Os professores da rede municipal não receberam o reajuste concedido pelo governo federal no piso nacional da categoria. Em janeiro, a União aumentou em 7,9% o subsídio da categoria - R$ 1.567 mensais.

O chefe do Executivo prometeu aumento salarial para o funcionalismo somente em 2014, quando o plano de cargos e salários será revisto pela administração. A medida entrou em vigor no segundo semestre de 2011.

Saulo avaliou que o projeto elaborado pelo governo anterior cometeu diversas injustiças, principalmente com os servidores mais antigos. "A gente pensa em mudar o escalonamento. Quem tem Ensino Médio ganha praticamente o mesmo salário de quem tem Ensino Superior", avaliou.

O prefeito afirmou que as promessas de campanha referentes ao funcionalismo devem ser contempladas junto com a mudança no plano de carreira, no ano que vem. A principal bandeira do peemedebista foi o aumento no valor do vale-refeição (atualmente o benefício é de R$ 13).

 

MUDANÇAS

Saulo pretende encaminhar a reforma administrativa para a Câmara ainda nesta semana. O projeto vai reformular o quadro de funcionários da Prefeitura com a mudança de nomenclatura de cargos e aumento de vagas ocupadas por pessoas de confiança. "Devemos aumentar os comissionados com salário menor. Hoje temos 40 secretários adjuntos. Não tem sentido, pois temos 22 secretarias", considerou.

O peemedebista ponderou que a criação de cargos comissionados não causará impacto na folha. "Não é fácil administrar uma cidade com 4.000 concursados sem ter a sua equipe de comissionados", avaliou. Atualmente, o Paço conta com 125 cargos em comissão.

A área da Saúde também será alvo das mudanças previstas na propositura. O Hospital e Maternidade São Lucas possui três diretores que ganham R$ 15 mil. O projeto de lei do Executivo reduzirá o subsídio para R$ 9.000.

As gratificações concedidas aos efetivos também serão extintas - cerca de 150 funcionários recebem o benefício. Os concursados que ocupavam cargos de confiança voltarão para a função de origem. As revogações começaram a ser publicadas nos Atos Oficiais do município na semana passada.

 

 




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