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Setor químico une forças na região

Com criação de APL, grupo vai buscar mais acesso ao crédito para as empresas se desenvolverem

Pedro Souza
20/03/2013 | 07:00
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O setor químico do Grande ABC planeja unir forças para se desenvolver economicamente e atender demandas de setores robustos como o bélico, naval e petroquímico. Ontem, na Prefeitura de São Bernardo, empresariado, governo, instituições de ensino, financeiras e entidades discutiram, pela primeira vez, a formação de um APL (Arranjo Produtivo Local) Químico.

O primeiro encontro, que na avaliação do secretário de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo, Jefferson José da Conceição, foi um sucesso, foi marcado pela apresentação e conhecimento da atuação dos agentes da cadeia química. No entanto, ampliar o acesso do setor ao crédito para investimento é um dos principais caminhos a serem seguidos pelo grupo.

"Foi uma discussão que objetivou, inicialmente, agregar as empresas", afirmou Conceição. Segundo ele, o destaque da pauta de ontem foi chamar a atenção dos agentes para a importância do diálogo em conjunto. "Tudo isso com o objetivo de buscar soluções comuns para todos", disse, se referindo ao desenvolvimento tecnológico e econômico do setor no Grande ABC. Atualmente, as sete cidades reúnem 915 empresas químicas, que são responsáveis pela renda de 40 mil trabalhadores.

Presidente do Sindicato dos Químicos do Grande ABC, Paulo Lage avaliou como positiva a primeira reunião do setor. "Nós, como representantes dos trabalhadores, temos o dever de pensar no curto, médio e longo prazos. É claro que não vamos discutir negociações salariais em reuniões como essa, mas queremos participar para garantir melhorias ao setor nos próximos dez ou 20 anos, o que vai gerar mais renda ao trabalhador e empregos."

O APL ainda não está constituído juridicamente, próximo passo do grupo, garantiu Conceição. A segunda reunião acontecerá no dia 8 de maio e o calendário prevê mais seis encontros até o fim do ano.

CRÉDITO - Segundo Conceição, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem a intenção de participar das reuniões do APL. Por isso, está listado como uma das quatro pautas de maio. "Sem contar que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil anunciaram modalidade para privilegiar o APL com diferenciações aos integrantes de prazos e juros", lembrou o secretário. Ele enfatizou que muitas empresas têm dificuldades na contratação de crédito, muitas vezes por problemas documentais, e o objetivo é ajudar esse grupo. "Queremos criar condições para que o crédito chegue a essas empresas que passam por problemas."

As demais pautas de maio são da Abquim (Associação Brasileira da Indústria Química), Finep (Financiadora de Estudos de Projetos) e uma apresentação dos projetos de mobilidade de São Bernardo e do Grande ABC.

A participação na reunião é grátis. Para se inscrever, é necessário entrar em contato com Flávia Beltran, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo, pelo número 4348-1000, ramal 2341.

Pequena companhia tem consultoria tecnológica

Presente na primeira reunião para a criação do APL Químicos, a gerente do Sebrae-SP regional, Josephina Irene Cardelli, avaliou o encontrou como muito favorável ao setor. Garantiu que o órgão de fomento às MPEs (Micro e Pequenas Empresas) participará ativamente nas próximas reuniões, com exposições de programas. E antecipou um dos temas, o Sebraetec.

Este projeto, que conta com a parceria de várias instituições de ensino da região, dá a chance de o micro e pequeno empresário contratar consultoria de inovação e tecnologia, das escolas conveniadas, com subsídio de até 80% do Sebrae. "Nós ajudamos na gestão e como a empresa se tornar competitiva. A parte técnica deixamos para os nosso irmãos em parcerias como essa", disse Josephina.

O Sebraetec está disponível para todas as empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões. "O EI (Empreendedor Individual) também tem acesso ao programa", destacou a gerente.

 

 




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