Automóveis Titulo Jipe
Valente, Willys precisa de atenção
Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
11/03/2009 | 07:00
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A mistura é mais do que instigante. Aventura, adrenalina, belas paisagens, uma boa dose de pó e lama, espírito de equipe e gasolina. Como cereja desse bolo, que tal um valente jipe Willys? Fazer trilha definitivamente é um hobby desafiador, principalmente para os aficionados pelo mundo das quatro rodas. No entanto, como toda ‘brincadeira de luxo', existem gastos. Especialmente com a manutenção do ‘companheiro'.

Para os que se aventuram só no rali do dia a dia, nas ruas esburacadas de São Paulo e no Grande ABC, o correto é encostar o Willys em uma oficina mecânica especializada para checar alguns itens básicos de seis em seis meses. Se o veículo for usado para fazer trilhas, as visitas devem ser mais frequentes.

Segundo César Cuel, proprietário da ABC Off-Road, em Santo André, diversos itens precisam ser verificados e também deve ser realizada a troca de algumas peças e fluidos - como óleo do motor, por exemplo. "Verificamos a caixa de direção, o estado dos freios, dos filtros, o motor, a parte elétrica e o conjunto de suspensão", explica.

Os problemas mais comuns, segundo Cuel, são encontrados na caixa de direção e na suspensão. "Algumas caixas apresentam um problema chamado shmy, que é uma vibração no volante que torna o veículo difícil de conduzir", diz o especialista, que revela que, em alguns casos, opta-se pela instalacão de direção hidráulica.

Já na suspensão, as dores de cabeça mais corriqueiras são com as buchas. Mas a troca é simples.

PROFESSOR PARDAL - Ao contrário do que muitos imaginam, não é difícil encontrar peças de reposição para os carismático jipe. Cuel revela que, atualmente, existem locais especializados em peças para o Willys.

Mas seguindo o caminho da modernidade, alguns exemplares desses aventureiros já sofrem a ação de proprietários com espírito de ‘Professor Pardal'.

Para se ter uma idéia, na oficina de Cuel vários veículos passaram por algumas adaptações interessantes. Um dos jipes estava com a barra estabilizadora da suspensão alargada.

E, quem diria, na garagem tinha até um Willys Flex. "Esse jipe é equipado com um motor 1.8 bicombustível. Para adaptá-lo, tiramos o bloco inteiro e a caixa de câmbio", revela Cuel.

Jipeiros espalhados pelo Grande ABC

Os jipeiros se multiplicam a cada dia. Não é incomum encontrar novos ‘viciados' em lama. No Grande ABC existem alguns grupos de amigos que se unem para se ‘desligar' do estresse diário e mergulhar no off-road.

Um dos grupos mais ativos e comprometidos com a causa é o dos Jipeiros de Diadema. Para ser um jipeiro de verdade, "primeiro é preciso ter um jipe, depois ter companheirismo, amizade, parceria, respeito e educação pela natureza", diz Marcos, mais conhecido como Vovô, integrante do grupo.

A idéia de unir pessoas aficionadas por jipes nasceu há alguns anos na cabeça de quatro amigos. Hoje são 50 veículos e cerca de 300 integrantes, já que os familiares também marcam presença.

Para ingressar no grupo é preciso comparecer aos encontros com frequência. "Não é preciso ter jipe, pois o importante, para o nosso grupo, é o relacionamento", explica.

Os Jipeiros de Diadema se reúnem às quartas-feiras das 19h às 23h, no Parque do Paço de Diadema.




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