Na reestreia do técnico Ailton Silva - recontratado após a dispensa no início de fevereiro -, o São Caetano recebe o Palmeiras numa espécie de recomeço no Paulistão. Lanterna, com apenas cinco pontos, quatro dos quais conquistados sob o comando do novo treinador nas primeiras rodadas, a equipe precisa vencer para manter as esperanças de fugir da degola.

Jogadores e comissão técnica julgam que o confronto pode servir como divisor de águas para o futuro da equipe no torneio. Uma vitória pode ajudar a elevar o moral do grupo. O contrário pode tornar a luta contra a queda ainda mais árdua nas rodadas seguintes. Apesar das dificuldades, o time tenta mostrar otimismo.

Ailton Silva não definiu se resgata o 4-4-2 usado por ele nas rodadas finais da Série B e também no começo do Estadual, ou se mantém o 3-5-2 - com três zagueiros e dois volantes - adotado nas últimas duas rodadas por Geninho. “Ainda não defini. Treinamos os dois sistemas e vou decidir momentos antes do jogo.”

Qualquer que seja o enquadramento tático, Ailton espera que a equipe atue com muita determinação para iniciar a arrancada em direção. “É sempre difícil jogar contra grandes equipes pela qualidade dos jogadores. Sem a bola temos de marcar forte, diminuir os espaços e, com ela, agredir o adversário e usar a qualidade de jogadores como o Rivaldo para tentarmos o gol.”

A equipe não contará com os volantes Marcone e Pirão, expulsos contra Ponte Preta e o atacante Jobson, que ainda se recupera de um corte no braço direito. Ele se feriu numa suposta tentativa de agressão à esposa. Ailton Silva negou que o atleta tenha sido afastado. “Ele segue treinando a parte física (fez apenas academia nos últimos quatro dias). Não vai jogar porque ainda se recupera do corte mesmo”, resumiu.

Ailton pediu atenção com as jogadas aéreas. “Já alertei que não podemos ficar na dúvida sobre quem vai fazer o corte. Se isso seguir acontecendo, continuaremos a tomar gols assim.”

VERDÃO

Embora viva situação mais confortável, a partida também é emblemática para o Palmeiras, que está em busca de estabilidade. O time não perde há oito jogos no Paulista – quatro vitórias e quatro empates _, mas vem de duas derrotas na Libertadores e segue sob desconfiança da torcida. No meio da semana, por exemplo, mesmo com dois homens a mais em campo, teve dificuldades para vencer o Paulista por 2 a 1.

O técnico Gilson Kleina, que não contará com Valdivia, lesionado, não se ilude. “O time está crescendo, mas não vou vender ilusão. Estamos no caminho, mas só com o tempo para encaixar.”