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Taxistas protestam contra aumento de roubos

Profissionais discutirão assunto com Prefeitura e polícia na próxima semana

Rafael Ribeiro
do Diário do Grande ABC
13/03/2013 | 07:00
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Os taxistas de Diadema se reunirão na próxima semana com representantes da Prefeiturá e polícias Militar e Civil para tratar de um plano para aumentar a segurança dos profissionais nas ruas da cidade. O assunto veio à tona após manifestação e carreata no Centro, na tarde de ontem.

Cerca de 100 taxistas, segundo estimativa da própria categoria, estiveram presentes no manifesto, que começou por volta das 14h e teve duas horas de duração.

Com faixas e palavras de ordem escritas na lataria dos carros, a principal reivindicação é pelo aumento da segurança. Segundo os taxistas, os casos de roubos contra os profissionais aumentaram consideravelmente neste ano. "Estamos sofrendo. Viramos presa fácil", destacou Ivair Rodrigues, 44 anos, há dois deles na praça.

Os taxistas saíram do Terminal Diadema e seguiram até o Paço Municipal, onde foram recepcionados pelo secretário de Defesa Social, coronel José Eduardo Félix, e o comandante da Polícia Militar na cidade, Reinaldo Zychan de Moraes.

O encontro ainda não tem data marcada, mas Félix receberá o levantamento feito pelos próprios profissionais sobre os assaltos. Os roubos acontecem quando eles retornam de alguma corrida, à noite e madrugada, em pontos como as avenidas Alda e Assembleia.

"Os ladrões estão sempre em uma moto e somos rendidos geralmente pelo garupa", destacou um taxista, que preferiu não se identificar. Roubado quatro vezes nos últimos 30 dias, encontrou uma solução pouco conveniente para não correr mais riscos. "Trabalho só com corrida marcada e sem o luminoso. Parece piada, mas nunca mais fui incomodado depois disso."

O medo dos profissionais é que se repita o crime do dia 25 de fevereiro, quando o taxista José Alves de Oliveira, 75, foi encontrado enforcado com uma mangueira de gás no Centro. A investigação do 1º DP (Centro) da cidade, onde o caso foi registrado, não descarta que ele tenha sido morto por não ter muito dinheiro em seu poder (estava com apenas R$ 50).

"Nosso objetivo é atuar em conjunto para criar ações de combate à violência e proporcionar mais segurança para essa classe trabalhista", disse o secretário.

Traçar o quadro de atuação dos assaltantes é a prioridade de Félix e da Polícia Militar para, desta forma, reforçar a segurança em pontos considerados críticos pelos profissionais.

Em nota, a corporação informou que realizará operações de vistoria em táxis que estejam com passageiros, além de seguir com as abordagens específicas a motos, em ações chamadas de Operação Cavalo de Aço.

Os taxistas prometem encaminhar todos os registros de ocorrências. "É claro que penso em largar, mas não sei fazer outra coisa. Tem que aguentar", lamentou outro profissional, que pediu anonimato.




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