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Renan Calheiros quer liderança do PMDB

Um ano após escândalos, senador faz campanha dentro de sigla

Do Diário do Grande ABC
06/12/2008 | 09:16
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Um ano depois de ser alvo de quatro denúncias por suspeita de quebra de decoro parlamentar e renunciar à presidência da Casa, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) está em campanha para ser líder do PMDB. Renan comunicou ao atual líder, Valdir Raupp, que quer ocupar o seu lugar.

Raupp disse a ele que seria difícil abrir mão do cargo por dois motivos: por já ter o apoio de 13 dos 20 senadores da bancada e para não frustrar os eleitores de Rondônia, que defendem sua permanência na liderança.

Mais que isso, há menos de dois anos no cargo, o senador defende que não deve abrir mão da liderança para manter o que chama de bom entendimento na bancada. A bancada está unida, esta disputa vai estragar tudo", alegou.

O líder marcou para próxima quarta-feira reunião para discutir o assunto. Sua dúvida, agora, é se mantém a data ou se atende ao pedido do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), que pediu para adiar a decisão até que o partido decida sobre o nome do candidato à presidência.
"Uma disputa interna não pode contaminar a escolha do candidato à presidência", disse Garibaldi."Se for possível adiar, é melhor para não atrapalhar o que considero mais importante para a Casa."

Da parte de Renan, sua assessoria diz que o senador foi "surpreendido" no encontro da bancada da última quarta-feira, quando o partido decidiu lançar candidato à presidência do Senado. No início da conversa, o senador Valter Pereira (PMDB-MS) perguntou quem seria o líder da bancada, defendendo a permanência de Raupp. "Passou a impressão que o Raupp estava dando um golpe, antecipando a decisão para continuar no cargo", informou um participante da reunião.

Na contabilidade do staff de Renan, ele teria o apoio de 14 dos 20 senadores da bancada. Segundo aliados do senador, recolocar Renan na liderança seria "um reparo" ao fato de ter renunciado à presidência.

Calheiros estendeu ontem sua campanha ao plenário, onde deu um tom de que falava como líder no discurso em que tratou de vários assuntos. Foi enfático, porém, ao exibir sua proximidade com o presidente Lula. "Eu queria agradecer ao presidente pela maneira carinhosa, respeitosa, gentil com que ele, mais uma vez, me recebeu", afirmou.




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